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Título: Qualidade de Vida e Depressão em Pessoas Vivendo com HTLV-1
Autor(es): Boa-Sorte, Ney Cristian Amaral
Castro Filho, Bernardo Galvão
Castro, Martha Moreira Cavalcante
Leão, Emília Katiane Embiruçú de Araújo
Reuter, Lilian
Palavras-chave: Depressão
HTLV-1
Qualidade de Vida
Paraparesia Espástica Tropical
Data do documento: 2016
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: A infecção pelo vírus HTLV-1 pode levar ao desenvolvimento da Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP), doença progressiva que geralmente leva seus portadores a quadros incapacitantes, podendo evoluir para a paraplegia. Em Salvador há elevada prevalência da infecção pelo HTLV-1 e evidências associam esta patologia à depressão e a diminuição de qualidade de vida. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a correlação entre a presença de transtorno depressivo e a qualidade de vida em pessoas com HTLV-1, comparado-as com indivíduos não infectados e verificar se o nível de incapacidade influencia, de maneira independente, a qualidade de vida e seus domínios. Foi realizado um estudo transversal, entre junho de 2014 a julho de 2016, no Centro de HTLV da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, Brasil, no qual foram incluídos 91 portadores assintomáticos, 54 pacientes com HAM/TSP e 26 não infectados. Como instrumentos foram utilizados o questionário padronizado de rastreamento de transtornos psiquiátricos MINI (Intertional Neuropsychiatric Interview - Brazilian Version 5.0) para avaliação de Episódio Depressivo Maior Atual e o questionário para a avaliação da Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-Bref). A incapacidade foi classificada utilizando as escalas Osame´s Motor Disability Score (OMDS) e Expended Disability Status Scale (EDSS) e categorizada em “marcha mais funcional”, “marcha domiciliar ou com restrição na comunidade” ou “cadeira de rodas”, conforme grau de incapacidade. Os resultados apontam uma elevada e significante (p=0,002) prevalência de depressão nos participantes com HAM/TSP (48,1%) e nos infectados pelo HTLV-1 assintomáticos (29,7%) em relação aos participantes não infectados (19,2%). A presença do vírus HTLV-1 apresentou uma associação negativa com o domínio físico da QV, de maneira mais significativa nos mielopatas em relação aos assintomáticos e aos não infectados (p=0,039). De forma surpreendente houve pior avaliação deste domínio pelos indivíduos assintomáticos em relação aos não infectados (p<0,001). Os sujeitos com marcha domiciliar e restrição na comunidade apresentaram pior avaliação da qualidade de vida nos domínios psicológico e relações sociais em relação àqueles dependentes de cadeira de rodas para locomoção. A presença de depressão maior foi associada, em todos os domínios e de forma significante, a piores escores de qualidade de vida. Conclui-se que familiares, cuidadores e profissionais de saúde devem estar atentos a sintomas depressivos nas pessoas infectadas pelo HTLV-1 visando o adequado acompanhamento. Acreditamos que um planejamento de tratamento baseado nas medidas de Qualidade de Vida seja mais eficaz uma vez que é construído considerando as perspectivas, necessidades e habilidades do sujeito.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/789
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