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Título: Avaliação do perfil lipídico de mulheres com excesso de peso: um estudo transversal
Autor(es): DUTRA, Bruna Teixeira Brandão
Palavras-chave: Obesidade
SUS
Mulheres
Data do documento: 2023
Resumo: Introdução: Os reflexos de um desbalanço no metabolismo lipídico pode ser evidenciado pela elevação dos níveis plasmáticos de colesterol de baixa densidade (LDL-c), redução dos de alta densidade (HDL-c) e/ou aumento de triglicérides (TGs), caracterizando a dislipidemia. Ademais, pode haver o aumento do Não HDL-c, uma lipoproteína de não alta densidade que tem a finalidade de estimar a quantidade de lipoproteínas aterogênicas circulantes, sendo um bom marcador de aterogenicidade. Essa comorbidade está intimamente relacionada ao excesso de peso devido à sua aterogenicidade, refletindo diretamente no aumento do risco de doenças cardiovasculares (RCV). Entretanto, pode haver discordância entre a elevação desses parâmetros, refletindo no perfil clínico das pacientes. Objetivo: Avaliar o perfil lipídico de mulheres com excesso de peso em um ambulatório multiprofissional especializado da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual foi analisado o perfil lipídico e sua relação com outras variáveis clínicas e laboratoriais de uma amostra constituída por pacientes do sexo feminino com 18 anos ou mais. Resultados: Dados de 311 pacientes do sexo feminino foram revisados, mas apenas 260 estavam no critério de inclusão e apresentaram dados válidos. A amostra apresentou uma mediana de idade de 46 anos e mediana de IMC de 35,97 kg/m². Destas, 140 (55,3%) pacientes apresentaram algum tipo de dislipidemia, sendo que 79,7% não estava em uso de hipolipemiante. Mais da metade da amostra apresentou risco cardiovascular alto. Ademais, a hipercolesterolemia esteve presente em (26%), seguido da hipertrigliceridemia (15%). Cerca de 68,8% apresentaram um HDL-c baixo, estando associado ou não ao aumento de TGs e LDL- c. Além disso, 68,5% da amostra apresentou um Não-HDL-c elevado. Cerca de 34,6% apresentaram discordância na elevação de LDL-c e Não HDL-c, sendo possível observar uma correlação positiva significativa entre o LDL-c com a idade e do Não HDL-c com a idade e a glicemia em jejum. Não houve significância estatística na diferença dos valores das variáveis clínicas e laboratoriais entre o grupo concordante e discordante. Conclusão: O tipo de dislipidemia mais prevalente, além do HDL-c baixo, foi a hipercolesterolemia, a maioria sem tratamento. Em se tratando de pacientes com excesso de peso, esperava-se encontrar maior aumento de TGs. A prevalência de não HDL elevado foi maior do que a do LDL, mas não houve correlação das variáveis clínicas e laboratoriais com essas lipoproteínas. Por fim, a maior prevalência de Não HDL-c do que LDL-c pode sugerir que isso reflete em uma alta prevalência de riscos cardiovasculares elevados.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7831
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