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Título: Efeitos colaterais do uso prolongado de escitalopram no tratamento da depresão: uma revisão sistemática
Autor(es): ALMEIDA, Beatriz Martinez de
Palavras-chave: Escitalopram
Antidepressivos
Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina
Efeitos Adversos de Longa Duração.
Data do documento: 2023
Resumo: Introdução: Transtornos mentais (incluindo os transtornos depressivos) encontram-se entre as dez principais causas de fardo global, panorama intensificado pelo surgimento da pandemia de Covid-19 no ano de 2020. Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs) são a farmacoterapia de primeira linha para a maioria dos pacientes com depressão, graças às elevadas eficácia e tolerância quando comparadas às de outras classes de antidepressivos. O escitalopram é o enantiômero S do citalopram, possuindo, as menores taxas de interações medicamentosas mediadas pelas proteínas P450 dentre os demais de sua classe sendo considerado o mais bem tolerado entre os ISRSs. Apesar da incidência de efeitos colaterais insuportáveis pelos usuários crônicos de escitalopram ser significativamente menor que no uso a curto prazo, a crescente incidência de transtornos depressivos mundialmente torna o uso prolongado de ISRSs cada vez mais comum. No entanto, a existência de estudos secundários dedicadas a esta realidade é escassa. Objetivo: Avaliar os efeitos colaterais do uso prolongado de escitalopram nos transtornos depressivos. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática através de uma busca nas plataformas CENTRAL, PUBMED e BVSALUD da combinação dos seguintes termos advindos do MeSH e do DECs: "escitalopram"; "depression" ou "depressive disorder" ou "depressive disorders"; "adverse effect" ou "adverse effects" ou "side effect" ou "side effects"; "one year" ou "1 year" ou "twelve months" ou "fifty-two weeks" ou "52 weeks". Buscaram-se incluir estudos descritivos ou analíticos (observacionais e intervencionais) contemplando indivíduos de qualquer idade, diagnosticados previamente com depressão ou apresentando sintomas depressivos, tendo feito uso de escitalopram por no mínimo um ano, sendo excluídos estudos envolvendo uso concomitante de outras drogas psiquiátricas, gestantes e indivíduos diagnosticados com doenças degenerativas do sistema nervoso. Utilizaram-se, na análise de viés, as ferramentas, STROBE, ROBINS-I e um checklist disponibilizado pelo Instituto Joanna Briggs. Resultados: Foram identificados 355 estudos (210 na busca primária e 145 na busca manual), sendo todos submetidos ao processo de triagem preconizado pelo protocolo PRISMA 2020. Foram incluídos 4 trabalhos ao fim da triagem, sendo dois estudos longitudinais de coorte, um ensaio clínico randomizado e um ensaio clínico não randomizado. Foram incluídos 16.201 pacientes entre 18 e 65 anos, sendo a maioria do sexo feminino. Os achados relevantes corresponderam a cefaleia, fadiga, náusea, flutuações de peso e disfunções sexuais, associados a observação de maior risco de morte súbita cardíaca em pacientes nefropatas e ausência de melhora de morbimortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca. Conclusão: Os efeitos colaterais do uso prolongado de escitalopram encontramse restritos efeitos colaterais já observados com o uso no curto prazo. No entanto, é urgente a necessidade de novos estudos primários que estudem as lacunas ainda existentes acerca das consequências da farmacoterapia crônica com este medicamento.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7830
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