Experimentação e uso de cigarros eletrônicos (e-cigarettes) e vaporizadores (vaping products) por estudantes de medicina uma revisão sistemática

Abstract

Introdução: A utilização de sistemas eletrônicos para administração de nicotina (SEAN), com ênfase nos cigarros eletrônicos (“e-cigarretes”) e dispositivos “vape” (vaporizadores) aumentou significativamente a sua popularidade na última década, tornando-se os produtos de tabaco mais comuns e usados especialmente entre os adolescentes e adultos jovens. Apesar de já haver relatos das doenças pulmonares decorrentes do uso desses produtos desde a invenção do cigarro eletrônico, cada vez mais pacientes têm se apresentado aos centros de saúde com uma doença respiratória aguda relacionada ao “vaping” denominada lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico ou vaporizadores (EVALI: E-cigarette or Vaping product use Associated Lung Injury). Além disso há maior prevalência do uso de tabaco e outras drogas no universo de universitários brasileiros comparativamente ao universo da população geral, com relação à especificidade do curso de Medicina, estudos vêm demonstrando elevadas taxas de consumo de substâncias psicoativas (SPA) o qual é por vezes utilizado como uma “válvula de escape” para problemas psicológicos e/ou de resiliência decorrentes da rotina estressante. Objetivos: Avaliar as prevalências do uso de vaporizadores (Vaping products) e cigarros eletrônicos (E-cigarettes) entre os estudantes de Medicina. Métodos: trata-se de uma revisão sistemática de literatura utilizando as plataformas PubMed e SCiELO. Resultados: A média aritmética de prevalência de experimentação de cigarros eletrônicas foi de 29,3% e a média aritmética de uso foi de aproximadamente 15,6%. A prevalência de uso encontrada nos trabalhos publicados antes da metade de 2021 (média aritmética 11,6%) foi inferior à prevalência dos artigos publicados depois desse marco temporal (média aritmética 19,26%). Conclusões: A prevalência de uso demonstra encontrar-se em ascensão uma vez que a prevalência de uso encontrada nos trabalhos publicados antes da metade de 2021 foi inferior à dos artigos publicados depois desse marco temporal, além disso 5 dos 9 estudos encontraram uma associação positiva entre o sexo masculino e uso.