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Título: Prevalência de insuficiência cardíaca em gestantes acompanhadas em uma maternidade de referência entre 2018 e 2022
Autor(es): DOURADO, Leonardo Faria
Palavras-chave: Insuficiência cardíaca
Gestantes
Complicações maternas
Complicações fetais
Data do documento: 2023
Resumo: Introdução: Durante a gestação, a mulher é exposta à profundas alterações na hemodinâmica e fisiologia cardíaca. A grande redução da resistência vascular periférica, associado a um aumento significativo na circulação dos fluidos corpóreos promovem uma sobrecarga por volume prolongada ao coração. Por esse motivo, pacientes com cardiopatias prévias à gestação tornam-se extremamente vulneráveis a descompensações cardiovasculares durante esse período. Dentre as doenças cardiovasculares, a insuficiência cardíaca se destaca por sua alta mortalidade materna e fetal. O presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de insuficiência cardíaca na gestação, bem como a associação da insuficiência cardíaca com desfechos maternos e neonatais. Metodologia: O presente estudo consistiu em um estudo observacional analítico, tipo coorte retrospectivo, realizado na maternidade José Maria de Magalhães Netto (MRPJMMN), instituição terciária localizada em Salvador-BA. Serão incluídos os pacientes do sexo feminino atendidos no ciclo gravídico puerperal no período de 2018 até 2022. Os dados foram coletados a partir da análise do prontuário eletrônico. Os dados foram analisados através da estatística descritiva e comparados por testes paramétricos ou não paramétricos, quando adequados. Resultados: Foram incluídos 513 gestantes e puérperas atendidas na maternidade, com a prevalência de IC de 7,6%. As pacientes com IC tiveram maior necessidade do uso de drogas vasoativas (5,1% vs. 0,4%; p =0,031), ventilação mecânica (7,7% vs. 0,2%; P=0,002) e maior tempo de permanência hospitalar [8 (5- 18) vs. 5 (3-10]. Apresentaram também um risco maior de parto prematuro (48,7% vs. 31,6%; P=0,029), maior número de partos com recém-nascido nascer com peso < 2,5kg (50% vs 30,1%; P=0,016) e mortalidade materna e/ou fetal pacientes (15,4% vs. 3,8%; P=0,001). Pacientes com disfunção sistólica apresentam um risco maior de baixo peso ao nascer (52,4% vs. 29,7%; P=0,028) e de óbito fetal (16,7% vs. 4%; P=0,004). A presença do desfecho combinado (óbito fetal, óbito materno e internação em UTI) foi maior nas pacientes com disfunção diastólica (9,2% vs 0,9%; P<0,0001), hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo (6,1% vs 3,9%; P<0,001), hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo (23,2% vs. 3,5%; P<0,001), disfunção sistólica (11,4% vs 1,3%; P<0,001), hipertensão pulmonar (22,8% vs. 2,6%; P<0,001) e insuficiência cardíaca (14,9% vs. 2,7%; P<0,001). Conclusão: No presente estudo, a prevalência de insuficiência cardíaca foi maior do que o relatado na literatura. Ao 4 comparar as gestantes que apresentavam IC com as gestantes que não apresentavam IC, percebeu-se uma maior morbimortalidade materna, bem como uma maior frequência de complicações fetais, com diferenças expressivas na população estudada.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7802
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