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Título: Apoio Social e Qualidade de Vida em Pessoas com Epilepsia
Autor(es): BOA SORTE, Ney Cristian Amaral
PALMEIRA, Aline Tonheiro
FEITOSA, Carolina Alves
MAGALHÃES, Suzane Bandeira de
LIMA FILHO, Humberto Castro
CASTRO, Martha Moreira Cavalcante
LÓPEZ, Yeimi Alexandra Alzate
SIQUARA, Gustavo Marcelino
LOPES, Josiane Mota
Palavras-chave: Epilepsia
Apoio social
Qualidade de vida
História de vida
Data do documento: 2021
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: A epilepsia é uma desordem neurológica, manifesta por breves descargas elétricas neuronais, possui características variadas, que extrapolam a perspectiva biomédica e incluem aspectos relacionados ao cotidiano. O apoio social (AS) tem se configurado como um aspecto importante para o bem-estar dessas pessoas, contribuindo para qualidade de vida (QV). Sendo assim, o objetivo primário desse trabalho foi compreender e investigar o AS percebido e a QV em pessoas com epilepsia, seguido dos objetivos secundários: descrever perfil sociodemográfico da população em estudo; caracterizar o apoio social percebido desses participantes; identificar como a QV se apresenta em pessoas com epilepsia; para então, verificar se existe associação entre o AS e os domínios da QV, analisando sua relação. Estudo de metodologia mista, utilizando abordagem quantitativa, de delineamento transversal, e qualitativa, com o método narrativo autobiográfico. Envolveu 35 pessoas com epilepsia, que realizam tratamento regular no Ambulatório de epilepsia do SUS, em Salvador/Bahia. Os dados foram obtidos através da aplicação de: questionário para caracterização sociodemográfica e clínica, questionário para caracterização do apoio social – Questionário de Medical Outcomes Study Social Support Survez (MOS-SSS), questionário que avalia qualidade de vida em pessoas com epilepsia – Quality of Life in Epilepsy Inventory (QOLIE-31) e qualidade de vida geral - WHOQOL-bref. Para a produção dos dados qualitativos, foi utilizada entrevista em profundidade, com nove desses participantes. Foi realizada análise estatística descritiva para os dados demográficos e características socioeconômicas e clínicas dos participantes. Os dados quantitativos foram expressos com a média (desvio padrão) e/ou mediana (p25-p75) e/ou amplitude (mínimomáximo). As variáveis categóricas foram descritas com medidas de frequência simples e relativas. Os domínios de QV e os escores de AS foram comparados por meio da correlação de Spearman. Utilizou-se os testes não paramétricos de Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis para avaliar associação entre variáveis sociodemográficas e clínicas e a QV. O pacote estatístico Stata MP, versão 13.0 foi utilizado para as análises. Valores de p < 0,05 foram considerados significantes. No método qualitativo, utilizou-se a narrativa autobiográfica e para a sua análise, o modelo da “Análise da Entrevista Narrativa autobiográfica” proposta por Schütze. Todos os cuidados éticos necessários foram tomados. Os resultados apontaram que a população em estudo classificou como baixo o apoio social para os domínios Afetivo + Interação Social e Material (20,0%). No WHOQoL-Bref, os domínios físico e psicológico foram os que apresentaram as menores médias e medianas. Já para a escala QoLIE, os domínios preocupação com a convulsão, função cognitiva e fadiga/energia foram os que tiveram os menores escores. Destaca-se que a dimensão Emocional + Informação foi a que teve mais correlações significantes, com os domínios Qualidade de Vida geral (p=0,004), Bem-estar Emocional (p=0,018) e Função Cognitiva (p=0,020). A percepção de AS na dimensão Material foi negativamente correlacionada aos efeitos dos medicamentos (rhô=-0,382; p=0,028). As narrativas confirmaram os achados quantitativos, trazendo como esses aspectos são engendrados no cotidiano, assumindo singularidades que auxiliam na compreensão da vida de quem tem epilepsia. Compreende-se que AS e QV são aspectos importantes de observação para a população em estudo. Os presentes achados corroboram com os encontrados na literatura e contribuem para o entendimento da epilepsia, tendo em vista a valorização de aspectos não biomédicos na construção desse adoecimento. Novos estudos, quantitativamente mais robustos, podem contribuir para a ampliação da relação entre AS e QV. A partir das presentes reflexões, é possível também construir uma perspectiva de cuidado mais individualizada e ao, mesmo tempo coletiva, pelo reconhecimento da importância de fatores sociais na organização do bemestar de quem tem epilepsia.
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