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Título : Novo método de capacitação dos profissionais de saúde sobre higiene de mãos baseado em metodologia ativa
Autor : ROCHA, Mário de Seixas
GRASSI, Maria Fernanda Rios
ALELUIA, Ieda Maria Barbosa
LADEIA, Ana Marice Teixeira
RIBEIRO, Paula Chaves Santana
Palabras clave : Infecção nosocomial
Higiene de mãos
Educação em saúde
Fecha de publicación : 2021
Editorial : Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumen : As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são aquelas associadas aos cuidados prestados pelos profissionais de saúde em serviços e são um importante problema de saúde pública. A principal medida para controle das IRAS é a higiene das mãos (HM). Apesar de simples, as taxas de adesão a HM no Brasil e no mundo são em torno de 20 a 50%, longe de resultados ideais. As estratégias de treinamento tradicionais para capacitação dos profissionais não conseguem melhorar as taxas. Este estudo tem como objetivo avaliar o benefício da metodologia ativa OSATS (Observação Estruturada de Habilidade Técnica), como instrumento de capacitação para adesão a higiene de mãos dos profissionais de saúde em uma UTI adulto. Foi realizado estudo quase experimental do tipo antes e depois em UTI de um hospital geral na cidade de Salvador no período de dezembro de 2018 a junho de 2019. Inicialmente executado treinamento tradicional com cartazes sobre HM com 167 colaboradores da UTI (médicos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e enfermeiros), um mês depois foi feita auditoria da taxa de HM através da observação direta, onde eram observadas as oportunidades em HM, em seguida foi realizado o treinamento proposto OSATS com os mesmos colaboradores. O OSATS acontecia durante o plantão, um colaborador por vez, com a construção de um cenário montado no leito com manequim, materiais e equipamentos, no qual o profissional era solicitado a executar tarefas inerentes a sua profissão enquanto era observado por dois avaliadores através de um checklist. O tempo por tarefa era de até 5 minutos e após a conclusão, recebia um retorno imediato sobre seus acertos e erros. Um mês após o término do OSATS uma nova auditoria foi realizada para que pudesse comparar com a primeira. Como resultados foram avaliadas 1112 oportunidades de HM nas auditorias realizadas. A taxa de adesão a HM apresentou elevação de 30,6% para 69,4%; P < 0,01; quanto aos cinco momentos de HM houve aumento “antes do contato com o paciente” (46,8% - 53,2%; P= 0,48), “antes de realizar procedimentos assépticos” (13,6% - 86,4%; P < 0,01), “após exposição a fluidos corporais” (32,1%- 68%; P = 0,02), “após tocar no paciente” (47,5%- 52,5%; P = 0,03), no momento “após tocar superfícies próximas” não houve melhoria (42% - 58%; P = 0,8). Quanto as categorias profissionais houve melhora da taxa de HM para enfermeiros (39%- 83%; P < 0,01), técnicos de enfermagem (29% - 65%; P < 0,01) e fisioterapeutas (50% - 74%; p < 0,01), não houve benefício na categoria médica (52% - 54%; P = 0,46), coeficiente de kappa = 0,84 (IC 95%, 0.78 - 0.90; P <0.01), conferindo concordância quase perfeita entre os dois avaliadores. O OSATS demonstrou ser uma metodologia útil quando comparada ao treinamento tradicional para melhoria da adesão a HM e com boa reprodutibilidade.
URI : https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7640
Aparece en las colecciones: Dissertações de Mestrado



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