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Título: Preditores precoces independentes de mortalidade em vítimas de trauma
Autor(es): ROCHA, Mário de Seixas
ROMEO, Ana Celia Diniz Cabral Barbosa
Palavras-chave: Trauma
Mortalidade
Distúrbios da coagulação sanguínea
Data do documento: 2021
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: De acordo com o estudo The Global Burden of Disease, 2018, acidentes de trânsito são a oitava causa de morte em todo mundo. A cada dez pessoas uma é vítima de trauma, e em jovens com menos de 35 anos, em especial do sexo masculino, o trauma é a primeira causa de morte e de incapacidade. Identificar preditores de mortalidade acurados, o mais próximo possível da chegada do paciente ao departamento de emergência, pode se revelar de grande auxílio no tratamento desses pacientes e na definição do prognóstico. Objetivos: Identificar preditores precoces independentes de mortalidade em pacientes vítimas de trauma. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo de pacientes traumatizados admitidos em hospital de referência em trauma, internados entre 2015 e 2017. As variáveis cujo nível de significância foi menor que 5% (p<0,05), após a análise de regressão logística múltipla, foram consideradas para o modelo final. O desempenho do modelo foi determinado pela área sob a curva ROC representada pelo C-Statistic, definindo a capacidade de discriminar aqueles pacientes cujo desfecho foi o óbito. O modelo foi aplicado na coorte de formação e posteriormente aplicado em uma coorte de validação composta por pacientes internados no mesmo hospital, entre janeiro e dezembro de 2018. Resultados: Foram incluídos 2.276 pacientes. Identificamos como preditores precoces independentes de mortalidade a idade (OR 1,06, 95% IC:1,04–1,08), a Escala de Coma de Glasgow (OR 0,85, IC 95% 0,79–0,91), o lactato (OR 1,32, IC 95% 1,18–1,48), a Razão Normalizada Internacional (RNI)(OR 1,68 IC 95% 1,07– 2,64) , o fibrinogênio (OR 0,99 IC 95% 0,98–0,99) e a PaO2 (OR 1,005 IC 95% 1,001- 1,009). Conclusão: Idade mais elevada, valores mais baixos na escala de coma de Glasgow, dosagens mais altas de lactato, presença de RNI mais alargado, dosagens mais baixas de fibrinogênio e elevação da PaO2 são preditores precoces independentes de mortalidade em pacientes vítimas de trauma.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7634
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