Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7631
Título: Avaliação da função autonômica em crianças e adolescentes com bexiga hiperativa
Autor(es): BARROSO JÚNIOR, Ubirajara de Oliveira
RONDON, Atila Victal
MATOS, André Costa
AVERBECK, Márcio Augusto
SACOMANI, Carlos Alberto Ricetto
LIMA FILHO, Humberto de Castro
OLIVEIRA, Rhaiana Gondim
Palavras-chave: Bexiga Hiperativa
Variação da Frequência Cardíaca
Disfunção Autonômica
Data do documento: 2021
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: A bexiga hiperativa (BH) idiopática foi definida como uma urgência urinária, podendo, em alguns casos, estar acompanhada ou não de incontinência urinária além de outros sintomas como aumento da frequência urinária, noctúria. Para o seu diagnóstico é preciso afastar condições inflamatórias/infecciosas da bexiga assim como alterações anatômicas e neurológicas. BH é a principal causa de disfunção do trato urinário em crianças. A constipação é um sintoma comumente associado, estando presente em cerca de 60% dos casos e constituindo uma condição conhecida como disfunção da bexiga e intestino (Bladder and Bowel Dysfunction). O reflexo da micção envolve três sistemas diferentes: o sistema nervoso parassimpático (SNP), o sistema nervoso simpático (SNS) e o sistema nervoso somático. A disfunção autonômica tem sido associada a um desequilíbrio entre o sistema nervoso simpático e parassimpático e pode ser considerada uma explicação plausível para alguns dos sintomas urinários mencionados. Objetivo: Avaliar a atividade autonômica em crianças/adolescentes com bexiga hiperativa isolada. Material e Método: estudo descritivo, analítico, não intervencionista, transversal, realizado entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2018, envolvendo indivíduos de 5 a 17 anos de idade, com bexiga hiperativa (grupo BH) ou sem sintomas (controles). Anormalidades neurológicas e/ou anatômicas do trato urinário inferior, diabetes mellitus e insuficiência renal constituíram critérios de exclusão. O questionário validado — Dysfunctional voiding scoring system — (DVSS) e o questionário Roma III. A taxa de variação da frequência cardíaca (TVC) foi avaliada no domínio do tempo (RR médio, FC média, SDNN e pNN50) e no domínio da frequência, com componente de alta frequência (HF) e baixa frequência (LF), refletindo a atividade parassimpática e simpática, respectivamente. Resultados: Quarenta e um pacientes com BH e 20 controles foram avaliados. No grupo BH, havia mais meninas (23 vs. 8 no grupo controle; p = 0,23) e mais participantes com sobrepeso/obesidade e constipação. O escore DVSS foi maior no grupo BH (9,59 vs. 0 nos controles; p = 0,001). A variação da frequência cardíaca foi maior no grupo controle (p = 0,02), e a razão LF/HF considerando os três períodos de análise também foi significativa no grupo controle (p = 0,05). Na avaliação intergrupos, LF (Hz) foi predominante no grupo controle no momento da avaliação pós-micção (p = 0,03). Discussão: Foi observada uma variação fisiológica da frequência cardíaca no grupo controle durante os 3 momentos da micção, com predomínio de atividade simpática durante os momentos pré e pósmicção. Os achados no grupo BH parecem ter um padrão de TVC diferente dos controles e indicam uma perda de variação nesses padrões, o que indicaria falta de detecção e/ou sinalização ou, mais plausivelmente, um desequilíbrio no sistema simpático/parassimpático. Conclusão: A capacidade adaptativa durante a micção foi observada no grupo controle, com predomínio de atividade simpática durante o armazenamento e variação fisiológica da frequência cardíaca.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7631
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.