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Título: Agregação familiar do htlv-1: prevalência, características clínicas e prováveis vias de transmissão
Autor(es): CASTRO FILHO, Bernardo Galvão
ARAÚJO, Thessika Hialla Almeida
REGO, Filipe Ferreira de Almeida
BARRETO, Fernanda Khouri
MASCARENHAS, Aline Cristina Andrade Mota Miranda
SILVA, Aidê Nunes da
Palavras-chave: HTLV-1
Agregação familiar
Soroprevalência
Data do documento: 2019
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: A agregação familiar é uma característica importante da infecção pelo HTLV-1, principalmente em áreas endêmicas como Salvador-Bahia, que possui uma importante prevalência, cerca de 1,8%. Objetivo: determinar a prevalência de agregação familiar da infecção pelo HTLV-1, descrever e comparar o perfil sociodemográfico e clínico dos familiares infectados com os casos índices, inferir e/ou identificar prováveis vias de transmissão dos familiares. Metodologia: estudo transversal, realizado no Centro de HTLV da EBMSP, com coleta de dados ambispectiva, entre maio de 2002 a setembro de 2018, identificados 275 casos. Incluídos pacientes matriculados no Centro de HTLV, com familiares de 1º grau (pais, cônjuge e filhos) que concordaram participar do estudo. Na coleta retrospectiva, 133 pacientes apresentaram familiares reagentes para HTLV-1, na prospectiva, 13 pacientes. Foram aplicados questionários para caracterizar o perfil sóciodemográfico e clínico. Foi descrita a prevalência de agregação familiar. Para análise estatística foi utilizado o teste exato de Fisher e Qui-quadrado. Considerado significante, valor de p < 0,05. Resultados: a prevalência de agregação familiar por HTLV-1 na população estudada foi de 53,09% (146/275). As vias de transmissão prováveis na população de estudo foram: sexual, com 44,4% (16/36) dos casos; vertical, com 33,3% (12/36) dos casos, além de famílias com os dois padrões de transmissão: vertical e sexual com 22,3% (8/36). Não foram observadas diferenças significativas no perfil sociodemográfico, exceto sexo nos casos índices e familiares. Entre os familiares verificou-se maior prevalência de cônjuges atuais (homens). Casos índices e familiares tem histórico de 1 a 5 parceiros e informaram nunca ter usado preservativos antes do diagnóstico de HTLV-1 com maior adesão após diagnóstico de HTLV1. Foram observadas maior prevalência de alterações urinárias (incontinência, noctúria e bexiga neurogênica), assim como dermatológica (xerose cutânea), e oftalmológica ceratoconjuntivite sicca nos casos índices. Identificado maior percentual de HAM/TSP definida entre casos índice (35/104; 33,7%) comparado com os familiares infectados, (14/116) 12,1% sendo essa diferença significativa (p=0,001). Suprimindo-se os casos sem informação a prevalência de depressão foi de 40,4% (55/136) com maior ocorrência nos casos índices. Conclusão: existe agregação familiar nas famílias investigadas e os dados obtidos corroboram com estudos anteriores. Indivíduos sintomáticos ou assintomáticos fortalecem e perpetuam uma rede de transmissão silenciosa intrafamiliar. Urge à necessidade do fortalecimento das políticas públicas que ampliem o nível de informação dos cidadãos, e amplie a rede assistencial com equipes multiprofissionais qualificadas para a captação precoce e acompanhamentos dos indivíduos.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7609
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