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Título: Fatores associados à osteonecrose da cabeça femoral na doença falciforme: uma revisão sitemática
Autor(es): MATOS, Marcos Almeida
DALTRO, Gildásio de Cerqueira
CASTRO, Iza Cristina Salles de
DIAS, Cristiane Maria Carvalho Costa
LEANDRO, Márcio Passos
Palavras-chave: Osteonecrose
Necrose avascular
Doença falciforme
Cabeça femoral
Fatores de risco
Data do documento: 2021
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: INTRODUÇÃO: A osteonecrose da cabeça femoral (ONCF) é uma complicação prevalente (com variação de 9 à 37%) e particularmente debilitante na doença falciforme (DF). Pacientes com ONCF podem sofrer colapso ósseo subcondral e consequente osteoartrite precoce que produzem dor e redução acentuada da capacidade funcional do quadril levando à sofrimento humano e perda da qualidade de vida. OBJETIVO: Avaliar o nível de evidência dos marcadores que podem atuar como fatores de risco ou proteção associados à osteonecrose da cabeça do femoral na doença falciforme (DF). MÉTODOS: A revisão sistemática seguiu as diretrizes do PRISMA e baseou-se na busca e seleção de estudos disponíveis nas bases de dados eletrônicas PubMed, SCIELO, LILACS e BVS. Como descritores, os termos Medical Subject Headings (MeSH) e Health Sciences Descriptors (DeCS) correspondentes à "osteonecrosis" e "avascular necrosis” e "asseptic necrosis" e " femoral head" e "sickle cell desease" e "risk factor" e “predictor”. Foram incluídos artigos que abordaram fatores de risco para ONCF na doença falciforme nas bases de dados até dezembro de 2019. Para avaliação da qualidade dos estudos foram utilizadas as escalas NOS para os coorte e caso-controle e AHRQ para os transversais. RESULTADOS: Entre os fatores clínicos e laboratoriais, os fatores de risco mais promissores foram a gravidade da doença falciforme e a síndrome torácica aguda. Como resultados de estudos de nível moderado de qualidade, puderam ser destacados a pressão arterial, o peso corporal, o trauma prévio, a relação hemoglobina / hematócrito (Hb/HCT) e o número de internações. Outros, como marcadores genéticos e gênero masculino, também foram associados positivamente em estudos de qualidade inferior. CONCLUSÃO: A gravidade da doença, síndrome torácica aguda, maior número de crises dolorosas, razão Hb/HCT acima de 0,33 e pressão sistólica acima de 115mmHg são fatores de risco associados à ONCF. Marcadores genéticos têm evidências incipientes e a hidroxiuréia atua como possível fator de proteção.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7602
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