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Título: Fatores epidemiológicos e clínicos do câncer de mama em mulheres predominantemente afrodescendentes do recôncavo da Bahia
Autor(es): KLEIN, Sibele de Oliveira Tozetto
FERNANDES, Marcilio Delan Baliza
KLEIN, Sibele de Oliveira Tozetto
NEIVA, João Cláudio Barreto
Palavras-chave: Câncer de mama
Afrodescendente
Tumor triplo negativo
Epidemiologia
Data do documento: 2022
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: O câncer de mama é a neoplasia mais incidente e com a maior taxa de mortalidade entre mulheres. Na população afrodescendentes esses tumores podem aparecer mais precocemente e assumir um comportamentomais agressivo. Este estudo tem como objetivo avaliar o comportamento epidemiológico e clínico do câncer de mama em uma população predominantemente afrodescendente, identificando fatores associados aos riscos e prognósticos, comparando-os com os dados já disponíveis. Trata-se de um estudo transversal retrospectivo realizado desde maio de 2012 até janeiro de 2020. Os dados clínicos e sociodemográficos foram obtidos através da análise dos prontuários e entrevistas com as pacientes envolvidas. As variáveis etnia, idade, quantidade de filhos, renda mensal e escolaridade foram utilizadas para descrever o perfil epidemiológico e os resultados obtidos da avaliação clínica, do estudo anátomo patológico e do estudo imunohistoquímico serviram para correlacionar características clínicas dos tumores e prognóstico. Mulheres afrodescendentes representaram 77% da população, a média de idade ao diagnóstico foi de 54,4 anos. Aproximadamente 75% possuíam até 2 filhos, 20,5% possuíam baixa renda e 37,3% possuíam um baixo grau de escolaridade. O carcinoma ductal infiltrante foi diagnosticado em 91% das pacientes, 70,2% apresentavam moderado grau de diferenciação, o subtipo luminal A foi o mais prevalente (39%) e uma percentagem acima da média mundial apresentava perfil triplo negativo (22,9%). Estadiamentos iniciais foram identificados em 53,4% e apenas 4,8% foi diagnosticada com doença metastática. A cirurgia foi a principal modalidade de tratamento inicial, a radioterapia foi realizada em 88,3%. A taxa de recidiva foi de 11,6% e a mortalidade de 6,8%. O presente estudo evidencou que os aspectos sociodemográficos e clínicos desfavoráveis, como a elevada prevalência de tumores triplo negativos não se ralacionaram a um pior prognóstico.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7601
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