Resistência aos antimicrobianos entre isolados de anti-Escherichia coli em amostras hídricas do Rio do Cobre, Salvador, Brazil

Abstract

A falta de saneamento tem uma forte influência na contaminação fecal em águas superficiais urbanas e contribui para aumentar e propagar a resistência aos antibióticos no ecossistema. Este estudo teve como objetivo descrever a ocorrência de bactérias e genes resistentes a antibióticos num sistema fluvial de uma área urbana no Brasil. Amostras de água foram coletadas de 7 pontos de amostragem diferentes do rio Cobre e analisadas para bactérias resistentes aos antibióticos. Os isolados foram identificados por MALDI-TOF® e o perfil do antibiograma por VITEK®. A presença de genes de resistência aos antibióticos (ARGs) foi estudada por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) convencional. Foram observados ARGs e bactérias resistentes aos antibióticos em todos os locais de estudo. Em 126 isolados de Escherichia coli de amostras ambientais revelaram que 59% dos isolados eram resistentes à ciprofloxacina, 44% à amoxicilina/ácido clavulânico e 42% ao aztreonam. Para o grupo cefalosporina, 66% apresentaram resistência à ceftriaxona, seguido por ceftazidima com 48% e aproximadamente 8% foram ESBL positivos. Nenhum dos isolados foi resistente aos carbapenêmicos testados. Quanto ao perfil dos ARGs, foram encontrados 12,70% de blaSHV e blaTEM entre os isolados. É portanto importante estudar esta problemática de forma a sensibilizar a população sobre a importância da prevenção e do uso adequado de antibióticos e uma vez que a eliminação inadequada de resíduos e antimicrobianos na água potencializa a propagação da resistência aos antimicrobianos.