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Título: Perfil clínico-epidemiológico da hanseníase em maiores de 59 anos no município de Salvador no período dentre 2010 a 2020
Autor(es): Gomes, Guilherme José Lopes
Palavras-chave: Hanseníase
Maiores de 59 anos
Bahia
Salvador
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica provocada pelo Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente transmitido através de gotículas de saliva expelidas na fala, tosse ou espirro de indivíduos não tratados e em fases mais avançadas e tardias da enfermidade. O parasito responsável ataca principalmente os nervos periféricos e a pele, o que, sem tratamento adequado, pode levar a um quadro de incapacidade funcional e deformidades em mãos, pés e até olhos. Os novos casos diagnosticados de hanseníase vêm acompanhando o perfil etário de envelhecimento da população em território brasileiro. Objetivos: caracterizar o perfil clínico-epidemiológico da hanseníase em maiores de 59 anos no município de Salvador no período entre 2010 e 2020. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com dados secundários. Os dados foram coletados no banco de dados do Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SINAN) disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis de estudo foram sexo, faixa etária, forma clínica da doença, classe operacional diagnóstica e atual, grau de incapacidade funcional, no diagnóstico e na cura, e lesões cutâneas. O processamento e análise de dados pelo Excel apresentados em frequências absolutas e relativas. Resultados: Durante o período de estudo foram notificados 1035 casos de hanseníase em maiores de 59 anos no município de Salvador, sendo a proporção maior na faixa etária de 60 a 69 anos (63,4%), no sexo masculino (51%), a forma dimorfa (49,7%) e pacientes com mais de 5 lesões (42,4%). Observou-se ainda que a maioria dos pacientes apresentou grau 0 de incapacidade (58%), classe multibacilar (68%). A distribuição dos casos geral de hanseníase por ano no município de Salvador (BA) nos mostra os seguintes dados: 2010 apresentou o maior número de casos (621) e 2020 o menor número de casos (240). Em relação à população de maiores de 59 anos, 2017 foi o ano com mais notificações: 113 (10,9%), enquanto 2020 foi o ano com menos: 61 (5%). Ademais, no período de 2010 a 2020 foram notificados, 30.941 casos novos de hanseníase na Bahia, sendo 4.835 casos só no município de Salvador, cuja proporção foi de 15,6% em relação aos casos na Bahia. Nesse mesmo período, foram notificados um total de 7.095 novos casos em maiores de 59 anos na Bahia e 1.035 novos casos em maiores de 59 anos no município de Salvador, com uma proporção de 14,8% em relação também aos casos da Bahia. Além disso, com relação a notificação por ano de novos casos na Bahia, no intervalo de 2010 a 2020, observou-se que 2010 foi o ano com maior número de casos: 3.258 (10,4%) e 2020 o ano com menor: 1649 (5,2%). Mais especificamente, em maiores de 59 anos, 2019 foi o ano com maior quantidade de notificações: 739 (10,4%), enquanto 2020 foi o ano com menos notificações: 499 (7%) casos. Conclusão: o município de Salvador é uma das áreas que necessitam de atenção básica e políticas públicas na área da saúde voltadas para o combate da hanseníase. No período de estudo, pôde-se observar, além da redução da taxa de detecção, uma maior distribuição de hanseníase na faixa etária de 60 a 69 anos, sexo masculino, forma dimorfa, classe multibacilar e mais de 5 lesões cutâneas.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7106
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