Perfil sociodemográficoepidemiológico de idosos acometidos por covid no estado da Bahia, entre março de 2020 e junho de 2022

Abstract

Desde 11 de março de 2020, só no Brasil, ocorreram 699 mil óbitos por COVID-19, e apesar de ter se provado o contrário do que se pensava em relação a ser uma doença restrita à população idosa, logo se percebeu que os veteranos possuíam muitas características que os colocavam em uma posição mais vulnerável em relação ao resto da população. O presente estudo teve como objetivo descrever as características sociodemográficas e epidemiológicas da população idosa afetada por COVID-19 no estado da Bahia entre março de 2020 e junho de 2022. Trata-se de um estudo transveral e descritivo, utilizando dados secundários disponibilizados pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), por meio de planilhas de “casos confirmados” e “óbitos”. A população idosa do estado da Bahia mais afetada por COVID-19 pode ser determinada de várias formas: número de indivíduos acometidos, prevalência de sintomas ou quantidade de óbitos. Ainda que a maior parte dos diagnósticos tenha ocorrido em mulheres sem comorbidades, na faixa entre os 60 e 69 anos, de etnia parda e moradoras do Núcleo Regional de Saúde (NRS) do Leste, a maioria dos óbitos ocorreu na população masculina, afetada por comorbidades, na faixa etária entre os 70 e 79 anos, para o mesmo NRS. Além disso, embora não tenha se evidenciado uma correlação entre faixa-etária, sexo e sintomas, verificou-se que indivíduos de etnia indígena e preta, aqueles afetados por comorbidades, e moradores do NRS do Extremo-Sul sofreram mais com sintomas quando comparados com populações de outras regiões do estado. Embora seja reconhecido que a COVID-19 afete indivíduos de todas as origens, observa-se que fatores sociais e demográficos podem influenciar em suas manifestações.