Gestantes soteropolitanas fatores vulnerabilizantes na cidade de Salvador

Abstract

Introdução: No universo gestacional, o acesso à Atenção Primária à Saúde (APS) com o pleno acompanhamento das esferas biossociais da mulher são de importância singular. Salvador é considerada a “cidade mais negra fora da África do Sul” o que traz a necessita de rastrear as possíveis condições vulnerabilizantes as quais as gestantes estão sujeitas. Objetivo geral: Levantar os fatores biopsicossociais que vulnerabilizam a mulher gestante no município de Salvador, e objetivos específicos: selecionar materiais técnicos do Ministério da Saúde relacionados à atenção primária e documentos oficiais da Prefeitura Municipal de Salvador; traçar o perfil das gestantes/puérperas em fragilização da saúde psíquica, biológica e social; discutir os determinantes e condicionantes sociais apresentados por essas mulheres dentro do seu contexto. Métodos: O estudo se trata de uma análise documental, de abordagem qualitativa e caráter exploratório, feita através do levantamento de materiais técnicos oficiais; Portarias, Leis, Decretos, Política, Programa De Saúde e Cadernos de Atenção Básica. Resultados: Ao estudo do Perfil das Gestantes/Puérperas, através do Boletim Epidemiológico de Óbito Materno Infantil, identificam-se fatores de risco que se repetem historicamente, como: raça/cor, faixa etária e escolaridade. Evidenciou-se a predominância de mulheres pretas com idade entre 30 e 39 anos, com 8 a 11 anos de estudo, seguido do contingente de 4 a 7 anos. Foi possível ainda identificar algumas disparidades regionais com ênfase no prejuízo observado em diversos aspectos da Região Nordeste. Dentre as principais vulnerabilidades biológicas estavam a Hipertensão Arterial Sistêmica, infecções puerperais, doenças do aparelho circulatório, aborto e hemorragias. Conclusão: Os fatores encontrados nos documentos que vulnerabilizam essas gestantes foram acesso exclusivo pelo Sistema Único de Saúde, quantitativo de pré-natais realizados; acesso a medidas de alívio para dor, e questões de cunho social como escolaridade e renda abaixo do esperado.