Perfil cardiometabólico dos estudantes de medicina um estudo transversal

Abstract

Introdução: A principal causa de mortes no mundo é a doença cardiovascular. O escore de risco global de Framingham é usado para identificar a probabilidade de gravidade da doença cardiovascular. Dentre os fatores de risco clássicos temos o tabagismo, diabetes, obesidade, sedentarismo, hipertensão, dislipidemia e histórico familiar. Devemos estar atentos a esses riscos não só na população adulta e idosa, mas também nos mais jovens. O presente estudo, portanto, pretende investigar a possível associação entre o ensino médico e repercussão no risco cardiovascular, metabólico e comportamental em busca de um estilo de vida saudável. Objetivo: Avaliar o perfil cardiometabólico e risco cardiovascular de indivíduos enquanto estudantes do curso de medicina. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional transversal descritivo primário, envolvendo 60 alunos do curso de medicina de uma faculdade em Salvador-BA. Os alunos foram divididos em 3 estratos, 1º e 2º ano, 3º e 4º ano e 5º e 6º ano, para que fossem observadas variáveis como idade, sexo, dados antropométricos, pressão arterial, uso de álcool e drogas, prática de exercícios físicos, alimentação, entre outros. Esses dados foram analisados por meio de estatística descritiva, utilizando mediana e intervalo interquartil ou médias e desvio padrão. Resultados: A idade média dos estudantes foi de 22,4 anos, sendo a maior parte dos participantes do sexo feminino (60%). Os principais fatores de risco encontrados foram a história familiar de infarto (50%) e de AVC (35%), além do uso de cigarro eletrônico (23,3%) e alimentação inadequada (30%). Conclusão: A partir dos resultados desse estudo, é possível perceber que os fatores de risco cardiovascular estão amplamente presentes na rotina do estudante de medicina, com base no seu estilo de vida, histórico familiar, dados antropométricos e de pressão arterial. Essa identificação precoce de perfis cardiovasculares não favoráveis será importante para conscientização dessa população quanto a esse risco, para que haja uma mudança de estilo de vida e, consequentemente, redução dos fatores de risco modificáveis.