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Title: Realimentação oral precoce no paciente com pancreatite aguda leve um estudo de coorte retrospectivo.
Authors: Marback, Juliana Fernandes
Keywords: Pancreatite Aguda
Pancreatite Aguda Edematosa
Edema Parenquimal Pancreático
Realimentação Ora
Realimentação Oral Precoce
Issue Date: 2023
Abstract: Introdução: A pancreatite aguda representa a principal causa de internação hospitalar por queixas gastrointestinais nos Estados Unidos. No Brasil, no ano de 2020, foi responsável junto a outras doenças pancreáticas por 32.836 internações. Era comum deixar o paciente em jejum oral no período inicial de internação, de forma a evitar a secreção de enzimas pancreáticas, importantes para a fisiopatologia da doença. No entanto, estudos recentes têm mostrado que, em casos de pancreatite aguda leve, uma reintrodução precoce da alimentação oral acarreta menor tempo de internação do paciente sem causar efeitos adversos, prática essa já adotada por alguns médicos e guidelines. Uma estadia hospitalar menor não só reduz custo hospitalar como também diminui a exposição do paciente a riscos inerentes à internação (infecções hospitalares, maior uso de antibióticos etc.). Ainda assim, os estudos existentes abordando a terapia nutricional precoce em pacientes com pancreatite aguda são divergentes entre si quanto ao conceito de “alimentação precoce”. Além disso, há uma falta de estudos abordando essa temática na população brasileira. Objetivo: Esse projeto busca investigar se a realimentação oral precoce (considerada nesse trabalho como reintrodução da alimentação oral com até 24 horas de internação) em pacientes com pancreatite aguda leve oriundos da cidade de Salvador, Ba, Brasil, acarreta menos tempo de internação, bem como se ela interfere no desenvolvimento de complicações ao longo desse período de internação. Metodologia: Realizamos um estudo observacional longitudinal retrospectivo no Hospital Municipal de Salvador, na capital baiana, no qual, através de dados de prontuário eletrônico, dividimos os pacientes em um grupo que recebeu a dieta oral precoce e um grupo que recebeu a dieta tardia. Em cada grupo, foi analisada a duração de sua estadia hospitalar, bem como suas características sociodemográficas. Os dados foram analisados através da estatística descritiva, utilizando-se médias e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil, e as varáveis categóricas foram apresentadas em números absolutos e relativos através do cálculo da proporção por categoria das variáveis. Resultados: Foram incluídos 20 pacientes que receberam dieta oral tardia e 51 pacientes que receberam dieta oral precoce. Os pacientes da dieta tardia tiveram tempo médio de internação de 7,5 dias, enquanto os pacientes da dieta precoce ficaram internados por uma média de 4 dias, diferença essa com significância estatística (p=0,001). Um paciente do grupo da dieta tardia desenvolveu complicações (infecção do trato respiratório, necrose pancreática e distúrbio da coagulação intravascular disseminada), enquanto dois pacientes da dieta precoce evoluíram com complicações (um deles com infecção do trato respiratório e o outro com disfunção renal). Essa diferença não foi estatisticamente significativa (p=1,000). Conclusão: A realimentação oral precoce (com até 24 horas de internação) acarreta menor tempo de internação hospitalar, e não afeta de forma significativa no desenvolvimento de complicações.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6995
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