O impacto das medidas não farmacológicas na incidência de casos de covid-19 em 9 países estudo ecológico

Abstract

Introdução: A COVID-19 apresenta sintomas similares aos causados pelos vírus MERS e SARS com mais de 80% dos casos apresentando sintomas como febre baixa, tosse seca e falta de ar, enquanto casos graves apresentam dispneia, hipóxia e febre alta. Há ainda complicações secundárias que incluem injúria renal, cardíaca e hepática. O uso de medidas de contenção sanitária, como o distanciamento social e o lockdown, é tido como uma intervenção bem estabelecida para reduzir a transmissão da infecção. Dentre as estratégias de contenção adotadas por diferentes países, foram observados alguns países conseguindo achatar as curvas de incidência de novos casos. Objetivos: esclarecer a repercussão das medidas não farmacológicas frente aos indicadores de incidência da doença, assim como a relação das características demográficas das populações nesses indicadores. Metodologia: Estudo epidemiológico com abordagem descritiva e analítica, de delineamento ecológico, com dados secundários da Universidade Johns Hopikins, no período de 2020 a 2022, com pacientes confirmados com COVID-19 nos países selecionados: Brasil, Chile, Mexico, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Rússia e China. Resultados: Nos nove países selecionados, todos partiram de uma taxa de incidência mensal média inferior a 1,0 por um milhão de habitantes, apresentando posteriormente crescimentos e decréscimos na série histórica analisada, com fraca, porém todos com linha de tendência linear ascendente e analise de regressão linear demonstrando que a variável em estudo influência de maneira moderada em alguns países e apresenta fraca correlação em sua maioria. Conclusão: A pandemia exigiu diferentes medidas não farmacológicas para combater a COVID-19 em todo o mundo. No entanto, os resultados dessas medidas variaram significativamente entre os países. Sendo, então, importante que as políticas públicas levem em conta a gravidade da situação e estabeleçam condutas responsáveis no combate de próximas pandemias, independentemente das fronteiras regionais e de momentos epidemiológicos.