Eficácia do treinamento muscular do assoalho pélvico no tratamento da síndrome geniturinária da menopausa uma revisão sistemática

Abstract

INTRODUÇÃO: Síndrome geniturinária ou atrofia vaginal, é uma condição de prevalência significativa na população mundial feminina. Dentre suas consequências, destaca-se ressecamento vaginal, dispareunia (contribuindo para disfunção sexual), ardência, incontinência urinária, prolapso genital, entre outros, constituindo a síndrome genitourinária da menopausa (SGUM), condição que pode provocar complicações físicas, sexuais, emocionais e comprometer a qualidade de vida de mulheres. Atualmente, os métodos de reposição hormonal são os mais utilizados como terapia para a síndrome. Nesse contexto, estudos recentes consideram o treinamento dos músculos do assoalho pélvico, como um treinamento eficaz, seguro e com bom feed-back para mulheres que não desejam terapia hormonal.OBJETIVO: Analisar a eficácia dos exercícios dos músculos do assoalho pélvico na melhora dos sintomas da SGUM. MÉTODOS: Trata-se de revisão sistemática da literatura realizada através das bases de dados PUBMED, CENTRAL, PEDro, LILACS e SCIELO, utilizando descritores , além de busca ativa. Foram incluídos artigos em português, espanhol e inglês publicados entre 2012 e 2022, realizados em mulheres, que avaliassem a eficácia da fisioterapia pélvica na população com sintomas de SGUM e cujo texto completo encontrava-se disponível. Análise e aplicação da ferramenta COCHRANE RISK OF BIES foi realizada por dois avaliadores, separadamente. RESULTADOS: Foram encontrados 96 artigos em bases de dados e 2 na busca manual. Apenas 3 foram selecionados. Nenhum artigo mostrou melhora clínica estatisticamente significante dos sintomas da SGUM, e todos os artigos evidenciaram melhora da qualidade de vida e satisfação com o tratamento com dados significativos. Não houve efeitos adversos em nenhum dos artigos, entretanto, algumas limitações, como treinamento incompleto foram evidenciadas.CONCLUSÃO: Os exercícios dos MAP mostra benefícios efetivos no grau de satisfação da qualidade de vida das mulheres participantes nos estudos segundo a literatura, a despeito de não haver significância clínica relevante, necessitando-se de mais experimentos e estudos para validação desse tipo de terapia intervencional.