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Título: Efeito da clorexidina em comparação à povidona-iodo na incidência de infecções pós-operatórias: uma revisão sistemática
Autor(es): Araújo, Victor Arthur Soares Costa
Palavras-chave: Antissepsia
Infecção da ferida cirúrgica
Clorexidina
Iodo povidona
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: A ocorrência de eventos cirúrgicos adversos específicos, que incluem complicações de natureza técnica, infecções de ferimentos e sangramento pós operatório, configura uma das maiores causas de morte evitáveis. Assim, as infecções do sítio cirúrgico (ISCs), apesar da evolução e inovação dos tratamentos e procedimentos cirúrgicos, ainda permanecem sendo um problema significativo para os cirurgiões. Objetivo: Estimar a eficácia da clorexidina em comparação à povidona iodo na incidência de infecções pós-operatórias Métodos: Revisão sistemática desenvolvida segundo método PICO em bases de dados através da avaliação no índex (e.g., MeSH e DeCS), incluindo PubMed (Medline e Old Medline), CENTRAL, Cochrane Library, LILACS, Scielo, BVS, ERIC, Scopus e Google Schoolar; além de buscas manuais. Incluídos estudos originais com perfil de ensaio clínico randomizado controlado, publicados desde o ano 1975, que fossem redigidos em português, inglês ou espanhol, apresentando perfis operatórios que atendessem à utilização dos agentes antissépticos descritos neste trabalho com intuito de redução da incidência de ISCs. Resultados: No estudo de Swenson et al, a taxa de infecção mais baixa foi observada no período 3 com iodo povacrylex em álcool isopropílico, sendo o método de preparação preferido (3,9%, em comparação com 6,4% no período 1 e 7,1% no período 2; p=0,02). Tuuli et al, através da comparação de incidência de infecção do sítio cirúrgico entre os grupos, admitiu risco relativo de 0,55 com intervalo de confiança entre 0,34 a 0,9, determinando valor de p significativo p ≤ 0,05. Para os pacientes na população com intenção de tratar, a incidência de infecção do local cirúrgico foi significativamente menor no grupo de clorexidina-álcool, com 39 casos (9,5%) do que no grupo de povidona-iodo, com 71 casos (16,1%, P = 0,004), com risco relativo de 0,59; intervalo de confiança de 95%, 0,41 a 0,85), segundo estudo de Darouiche et al. Berry et al avaliou cada ferida com dois observadores, que concordaram ou não com a presença de qualquer anormalidade na ferida. Comparativamente, 61/413 (14,8%) do grupo iodo-povidona e 44/453 (9,7%) do grupo clorexidina, através dos testes, firmando valor de p< 0,05 e consequente relevância estatística. Park et al analisou a incidência de 15 casos (5,6%) do grupo de gliconato de clorexidina, enquanto o grupo iodo-povidona apresentou incidência de 16 casos (6%). O risco relativo foi de 1,07 (0,52 a 2,21), com valor de p > 0,05, firmando irrelevância estatística. Embora as taxas de infecção tenham sido menores no grupo II em comparação com o grupo I, a análise por intenção para tratar mostrou que essa diferença não foi estatisticamente significativa (p = 0,324) no estudo de Bibi et al. Como desfecho primário, Charehbili et al não encontraram diferença significativa entre os grupos em análise multivariada. Sistla et al, através da avaliação entre as intervenções, no que tange a incidência de infecções do sítio cirúrgico, também não conseguiu demonstrar diferença estatística. Conclusão: Observou-se que a atuação da clorexidina aparenta ser mais eficaz na redução de complicações da ferida operatória, redução da contagem bacteriana local e prevenção de infecções superficiais do sítio cirúrgico.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6873
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