Perfil de mortalidade por covid-19 em salvador. 2020-2021

Abstract

Introdução: Em 2019 a população mundial foi acometida por um vírus até então desconhecido, o SARS-CoV-2. Trata-se de um coronavírus tipo RNA, que rapidamente se espalhou pelo mundo, provocando a maior pandemia dos últimos 100 anos. No Brasil, em dezembro/2021, já haviam sido notificados mais de 22 milhões de casos e 600 mil mortes. Tal magnitude impactou de forma consubstancial na economia, vida social e na saúde pública. Objetivos: Analisar o perfil de mortalidade dos pacientes diagnosticados com COVID-19 que foram à óbito na cidade de Salvador, nos anos de 2020 e 2021. Métodos: Estudo descritivo com utilização de dados secundários do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) disponibilizado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB). População constituída por todos os pacientes notificados que foram a óbito por COVID-19, em Salvador. No estudo, foram utilizadas: semana epidemiológica, sexo, faixa etária, raça/cor e comorbidades, analisadas quanto a sua distribuição absoluta e percentual além do cálculo da taxa de letalidade. Também, utilizou-se a razão de mortalidade por COVID-19 para comparação entre os anos e sexo. Resultados: Foram registrados 7.504 óbitos na cidade de Salvador, sendo, 3.396 (45,2%) da 13ª até a 53ª Semana Epidemiológica (SE) de 2020 e 4.108 (54,8%) até da SE 26 de 2021. Em ambos os anos, o maior número de óbitos ocorreu no sexo masculino, 4.041 (53,9%), e na faixa etária de 60 – 79 anos, 3.388 (45,1%). A raça/cor da pele parda, foi mais frequente, 3.451 (46%). Dentre os óbitos, 5.239 (89,6%) continham alguma comorbidade, sendo o maior número no sexo masculino, 2.722 (52,0%) e na faixa etária de 60 – 79 anos, 2.509 (47,9%). A mais frequente comorbidade foi Hipertensão Arterial Sistêmica. A taxa de mortalidade em 2021, foi maior que a de 2020. Entre os sexos, o masculino foi 1,30 maior que o feminino em 2020 e 1,43 em 2021. Conclusões: O estudo demonstrou o grande acometimento da doença na cidade de Salvador, associandose a sexo, faixa etária, raça/cor e presença de comorbidades. Assim, mostra-se necessário a manutenção do distanciamento social e proteção contra o vírus, destacando-se a importância da vacinação em massa para conter o avanço da COVID-19.