A abertura ao uso da telemedicina por médicos e estudantes de medicina durante a pandemia de covid-19

Abstract

Introdução: A telemedicina pode ser entendida como a ciência e a arte que atuam na manutenção da saúde, prevenção, alívio e/ou cura de doenças à distância. Devido à pandemia da COVID-19, o uso da telemedicina no Brasil foi flexibilizado, a fim de que os indivíduos pudessem realizar consultas e receber diagnósticos à distância, e, assim, reduzir a circulação de pessoas expostas ao Sars-CoV-2. Levando em consideração que a aceitação e abertura dos médicos ao uso dessa ferramenta é fundamental para a eficiência dos atendimentos em saúde, que se faz importante analisar a abertura ao uso da telemedicina por médicos e estudantes de medicina frente ao uso dessa tecnologia facilitadora, diante da pandemia de COVID-19. Objetivo: Analisar a abertura e aceitação da telemedicina, por médicos e estudantes de medicina, como ferramenta de atendimento aos pacientes durante a pandemia de COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo qualitativo do tipo transversal. Foi realizada coleta de dados com dois questionários online, sendo um deles sociodemográfico, e outro, a Escala de Aceitação dos Serviços de Telemedicina, durante o período de julho de 2021 a dezembro de 2021. A população alvo desse estudo foram médicos e estudantes de medicina que tenham realizado atendimentos via telemedicina durante o período da pandemia de COVID-19. Os participantes foram recrutados pelo método de amostra não probabilístico de “bola de neve”, com divulgação ampla do link para a realização da pesquisa nas redes sociais e e-mail. Os dados foram analisados utilizando procedimentos estatísticos de análise descritiva. Resultados: No total, 122 participantes responderam aos questionários sociodemográficos e à Escala de Aceitação dos Serviços de Telemedicina, sendo 62 médicos e 60, estudantes de medicina. A idade média dos médicos foi de 38 anos, e a dos estudantes de 22 anos. Em ambos os grupos a predominância foi do sexo feminino. Foram analisados os percentuais das respostas de médicos e estudantes de medicina à Escala de Aceitação dos Serviços de Telemedicina, em relação ao grau de concordância com a afirmativa avaliada em questão. Conclusão: Foi descrito que os médicos têm uma maior abertura ao uso da telemedicina, característica menos expressiva em relação aos estudantes de medicina