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Título: Tendência da leishmaniose visceral no estado da bahia no período de 2007 a 2020
Autor(es): Trigo, Laura Blasquez
Palavras-chave: Leishimaniose Visceral
Leishmania infantum
Phlebotomus
Data do documento: 2022
Resumo: INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença sistêmica que, quando sintomática, é caracterizada por febre, emagrecimento, hepatoesplenomegalia, pancitopenia e anemia. Ela é causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida por mosquitos vetores da subfamília Phlebotomine. No Brasil, o ciclo da doença é característico de zona urbana e apresenta o cão doméstico como hospedeiro intermediário do protozoário. Somado a isso, no país, o clima tropical e o subdesenvolvimento socioeconômico possibilitam a replicação do vetor e a transmissão do protozoário, ocasionando a perpetuação do ciclo da doença. OBJETIVO: Analisar a tendência da Leishmaniose Visceral no estado da Bahia no período de 2007 a 2020. MÉTODO: Trata-se de um estudo de série temporal com dados secundários e análise agregada. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram analisadas as variáveis: Macrorregião de residência, ano de notificação, mês de notificação, faixa etária, escolaridade, raça/cor, sexo, co-infecção com o HIV, diagnóstico parasitológico, diagnóstico imunológico, tipo de entrada, classificação final, critério de confirmação e/ou descarte, autóctone do município de residência e evolução do quadro. Os dados foram analisados de forma descritiva e apresentados através dos seus valores absolutos e relativos, além dos valores de incidência das macrorregiões, do sexo e da idade. Foi calculado o coeficiente de determinação (R², B e o P-valor) para avaliar a tendência. RESULTADOS: No período estudado foram notificados um total de 8.342 casos de LV na Bahia. A Região Centro-Norte apresentou maior risco de doença, com alta taxa de incidência e tendência de crescimento (22,18%; R² 0,061; B 0,426; P 0,396). Além disso, houve elevada proporção de casos novos (79,19%) e autóctones (46,61%). Encontrou-se predominância e tendência crescente de casos em homens (60,72%; R² 31,78%; B 0,080; P 0,269) e maior proporção de casos entre indivíduos de 0 a 09 anos (46,63%). Apenas 44,31% dos casos de LV tiveram confirmação laboratorial. A taxa de cura foi de 60,30% e 1,91% dos pacientes eram co-infectados com o HIV. CONCLUSÃO: A tendência da LV no estado da Bahia no período entre 2007 e 2020 foi de ascensão, principalmente entre homens, crianças em idade préescolar e adultos. Ademias, o maior risco de adoecer por LV se encontrava na macrorregião Centro-Norte. A co-infecção da LV com o HIV deve ser melhor investigada e notificada com maior nível precisão já que co-infecção representa maior letalidade.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6807
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