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Título: Prevalência de insônia em uma amostra de pacientes pós-fase aguda da covid-19
Autor(es): Araujo, Lara Callado de
Palavras-chave: COVID-19
Insônia
COVID longa
Questionário Diário do Sono
Questionário Índice de Gravidade de Insônia
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: A COVID longa é definida como sinais e sintomas que se desenvolvem durante ou após o diagnóstico de COVID-19, que persistem por mais de 12 semanas. Nesse contexto, o termo COVID longa começou a ganhar reconhecimento na comunidade científica, principalmente referente aos sintomas que comprometem a saúde mental dos pacientes como a dificuldade em manter um sono satisfatório, caracterizado pela insônia. Sabidamente, o cenário pandêmico da COVID-19 impactou, de modo relevante, para a má qualidade do sono, piora cognitiva, alto nível de ansiedade e privação do bem-estar mental. Dessa forma, a insônia é uma queixa importante da COVID longa e apresenta uma relação intrínseca com a qualidade de vida e saúde mental do indivíduo. Objetivos: Avaliar a prevalência de insônia em uma amostra de pacientes pós-fase aguda da COVID-19 moderada a grave. Métodos: Estudo observacional, analítico, do tipo transversal com pacientes que tiveram um diagnóstico prévio confirmado da COVID-19, que necessitaram ser hospitalizados na fase aguda da doença. Os dados foram coletados por meio da aplicação dos seguintes questionários: Diário do Sono e Índice de Gravidade de Insônia (IGI). Resultados: Do total de 89 pacientes, a maioria era do sexo masculino (52,8%), com média (DP) de idade de 53,8 (± 13,0) anos, variando de 22 a 86 anos. Em relação as comorbidades, as mais prevalentes foram obesidade (60,7%), hipertensão arterial sistêmica (52,8%), diabetes mellitus (21,3%), asma (9%) e cardiopatia (6,7%). Dentre os pacientes entrevistados, 40,4% referiram ter insônia prévia, 32,6% referiram ansiedade, 16,9% tinham o diagnóstico prévio de apneia do sono e 14,6% relataram depressão. Os pacientes apresentaram uma maior dificuldade para dormir (32,6% antes da COVID-19 vs. 70,8% após COVID-19, p<0,001), menor frequência de sono reparador (80,9% antes da COVID-19 vs. 36,0% após COVID-19, p<0,001). A IGI apresentou uma mediana de pontuação geral de 10 (2- 15) pontos e, respectivamente 23,6% e 3,4% dos pacientes foram classificados como tendo insônia moderada e severa. Não houve diferença significativa na prevalência de insônia entre os pacientes admitidos em enfermaria e UTI. Conclusão: Na amostra estudada, a prevalência de insônia moderada a grave atual pós fase aguda da COVID-19 foi de 27,0%. Além disso, foi notada uma diminuição da sensação de sono reparador e aumento dos sintomas diurnos como fadiga, sonolência e irritabilidade comparando com o período antes e após da pandemia da COVID-19.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6804
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