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Título: Dados demográficos, clínicos e determinação da variante viral de sars-cov-2 em casos fatais de covid-19 na Bahia
Autor(es): Perrone, João Victor Simões Castro
Palavras-chave: COVID-19
SARS-CoV-2
Dados demográficos
Dados clínicos
Variante viral de preocupação
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que desde o início de 2020, é responsável por uma pandemia. No Brasil, até o dia 06 de maio de 2022, foram registrados 30.524.183 casos e 664.131 óbitos. A infecção por SARS-CoV-2 pode apresentar um amplo espectro de manifestações clínicas, desde uma forma assintomática até formas graves e fatais. Provavelmente, o grande número de casos humanos da infecção favorece a evolução do vírus e, com isso, surgem novas cepas do SARS-CoV-2 que exibem uma maior transmissibilidade e/ou patogenicidade. Essas novas cepas virais foram denominadas de variantes e representam uma preocupação para a saúde pública. Objetivo(os): Descrever os dados demográficos, clínicos e laboratoriais e identificar a variante viral de preocupação em casos graves de COVID-19 no estado da Bahia. Metodologia: Foram estudados 14 pacientes severos de COVID-19 que evoluíram a óbito e posteriormente submetidos a autópsia minimamente invasiva. Nas autópsias foram coletados fragmentos dos pulmões que foram preservados para análise de RNA e DNA e posteriormente usados para a detecção e caracterização da variante viral. Os dados demográficos, clínicos e laboratoriais foram coletados a partir de prontuário eletrônico do hospital em que os pacientes foram provenientes. Resultados: A média da idade dos pacientes foi de 59,5 (±11.8) anos, sendo 71.4% eram homens e 100% se autodeclaravam pardos. Os pacientes eram procedentes de diversas regiões do estado da Bahia, sendo 8 provenientes de Salvador, seguido de Inhambupe, Conceição do Jacuípe, Santo Amaro da Purificação, Lauro de Freitas, Simões Filho e Monte Santo, com 1 paciente cada. O intervalo entre início dos sintomas e internamento hospitalar foi em média 7 (±1.6) dias, com o tempo médio de doença de 21.4 (±9,5) dias. O tempo que permaneceram internados teve como mediana 11 (IIQ 9.5) dias e o tempo de internação na UTI teve como mediana 10.5 (IIQ 8.75) dias. A comorbidade identificada mais prevalente foi a hipertensão arterial sistêmica, presente em 50% dos pacientes, seguida por obesidade em 42.8%. O sintoma mais prevalente foi dispneia em 85.7% dos casos, seguido por febre em 71.4%. Foi observada uma leucocitose com neutrofilia, além de trombocitose e valores elevados de RNI, ureia e creatinina. A variante viral identificada mais prevalente foi a Gamma (P.1), em 7 pacientes. Foram avaliadas as variantes virais em 9 casos. Conclusão: A maior parte dos pacientes foi formada por homens, acima dos 50 anos, com a presença de 5 comorbidades, que morreram principalmente por insuficiência respiratória aguda. Como sintomas mais frequentes, identificamos dispneia, febre, tosse, êmese e cefaleia, respectivamento. Os achados laboratoriais mais relevantes foram leucocitose com neutrofilia, trombocitose e RNI, ureia e creatinina elevados. Identificamos a variante Gamma (P.1) como a mais prevalente em nossa amostra, seguida pela variante Delta (B.1.617.2) e Zeta (P.2).
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6795
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