Avaliação das alterações hepáticas decorrentes da infecção por covid-19: uma revisão sistemática

Abstract

Introdução: O SARS-CoV-2 é o vírus responsável pela doença do coronavírus 19 (COVID-19), que foi descoberta em dezembro de 2019 em Wuhan, China. A partir disso, houve uma grande repercussão global e em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia de COVID-19 em todo o mundo. A COVID-19 têm se mostrado capaz de afetar focos extrapulmonares, atingindo órgãos como coração, rins, fígado, trato gastrointestinal e cérebro. O fígado, que é responsável por vários processos fisiológicos, tem sido alvo desta infecção, e estudos recentes mostraram que alterações hepáticas têm sido observadas em pacientes hospitalizados com COVID-19 em sua forma sintomática. Objetivo: Descrever a ocorrência de alterações hepáticas decorrentes da infecção por COVID-19. Métodos: Revisão sistemática que utilizou a metodologia sistematizada a partir do protocolo PRISMA, com busca realizada nas bases de dados PubMed e Scielo e com a qualidade dos estudos avaliada pela Newcastle-Ottawa Scale (NOS). Resultados: Foram selecionados, nesta revisão, 3 estudos publicados no ano de 2020 com 5.936 indivíduos avaliados, tendo predominado o gênero masculino com idade média de 62 anos. Destes, 36,62% apresentaram aumento sérico de AST durante a infecção por COVID-19. Conclusão: As alterações hepáticas foram evidenciadas em todos os estudos revisados, destacando alterações mais robustas para os níveis de AST. Piores prognósticos estiveram relacionados com os indivíduos que apresentaram comprometimento hepático durante a infecção por COVID-19.