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Título: Principais causas associadas a partos prematuros em gestantes falcêmicas na maternidade de referência do estado da Bahia
Autor(es): Ferraz, Ana Júlia Figueiredo
Palavras-chave: Prematuridade
Anemia falciforme
Gestação
Data do documento: 2022
Resumo: Introdução: A gravidez é uma situação potencialmente grave para as pacientes com doença falciforme. Dentre as complicações gestacionais em mulheres com anemia falciforme, a prematuridade - nascimento antes de completar 36 semanas de gestação – acomete grande parte dos casos. Sendo assim, conhecer as principais causas de prematuridade nessas pacientes, e quantificar suas frequências, são de extrema importância para melhorar a assistência e criar programas de saúde que atendam e previnam tal evento de maneira eficaz. Objetivo: Analisar as características clínicas entre gestantes com anemia falciforme que evoluíram para parto prematuro na Maternidade José Maria de Magalhães Netto (MJMMN) nos últimos 6 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo corte transversal, retrospectivo, realizado na MJMMN. O universo de pesquisa foi constituído por prontuários de gestantes diagnosticadas, previamente, com Anemia Falciforme, que tiveram seu parto realizado nessa maternidade, no período desde 2015 até 2020. As variáveis analisadas foram idade (anos) da mãe, paridade (número de partos), histórico de parto prematuro, infecções, quais medicações foram utilizadas durante a gestação, tabagismo, etilismo e uso de substâncias ilícitas (sim, não e qual), idade gestacional no início do acompanhamento na MJMMN e no parto, o resultado da última ultrassonografia, ocorrência de amniorrexe prematura, uso de corticoterapia e a via de parto (cesárea ou normal). Com relação ao recém-nascido, foram analisados peso ao nascer e APGAR (1º minuto e 5º minuto). Resultados: Nos últimos seis anos na MJMMN ocorreram 56 partos prematuros entre mulheres com AF na MJMMN. A média de idade dessas mulheres foi de 27 anos, 51,8% apresentavam homozigose (SS) para anemia falciforme, eram procedentes de Salvador (62,5%) e declaravam ser da raça negra (58,9%). A média de idade gestacional de início de pré-natal na maternidade foi de 21 semanas, e no parto foi de 33 semanas. Apenas 14,3% das pacientes tiveram histórico de parto prematuro e 39,3% tiveram infecção urinária durante a gestação. A maioria das pacientes fez uso de ácido fólico nesse período (64,3%) e teve o resultado do doppler e do índice de líquido amniótico (ILA) de seu ultrassom mais recente dentro dos padrões de normalidade. Apenas 21,4 % das mulheres tiveram seu parto realizado pela via normal, enquanto 78,6% precisaram de cesárea. A pré-eclâmpsia foi a complicação mais prevalente (26,8%), seguida de crescimento intrauterino restrito (CIUR) (16,4%), óbito fetal (12,5%) e hipertensão arterial gestacional (HAG) (10,7%). Ademais, 41,1% das gestantes precisaram de transfusão sanguínea em até 3 meses antes do parto, 8,9% cursaram com amniorrexe, e 30,4% fizeram uso de corticoterapia no pré-parto. Conclusão: Pré-natal inadequado, infecções durante a gestação e complicações como pré-eclâmpsia, CIUR, óbito fetal e HAG contribuem na ocorrência de parto prematuro em gestantes com anemia falciforme.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6772
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