Desfechos após angioplastia em pacientes diabéticos acometidos por infarto agudo do miocárdio: uma revisão sistemática

Abstract

Introdução: O infarto agudo do miocárdio é caracterizado pela falta de aporte de oxigênio adequado ao músculo cardíaco, devido à privação de circulação sanguínea. O diabetes mellitus se apresenta como distúrbios associados à insulina que provocam um estado pró-trombótico ao indivíduo, contribuindo para a formação de placas ateroscleróticas e consequentemente o infarto. Dessa forma, o diabetes mellitus constitui um importante fator de risco para o infarto do miocárdio. A angioplastia coronária é um método minimamente invasivo usado como uma das principais escolhas para a reperfusão miocárdica após evento coronariano agudo. Porém, embora esse procedimento proporcione melhor prognóstico ao paciente que realizou, a presença do diabetes pode favorecer a ocorrência de desfechos adversos. Objetivos: Sumarizar os achados em artigos acerca dos desfechos clínicos de pacientes diabéticos que realizaram angioplastia após infarto agudo do miocárdio. Métodos: Esse estudo é uma revisão sistemática, na qual foi realizada uma coleta nas bases de dados MEDLINE, SCIELO e LILACS. Os estudos foram selecionados após aplicação de critérios de inclusão e exclusão e de avaliação pelo método Joanna Briggs Institute. As informações foram extraídas e sumarizadas nos resultados e conclusão da revisão. Para a adequação metodológica, foi utilizado o protocolo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis). Resultados: Foram analisados 8 artigos com um N de 19.024 pessoas, sendo 3.682 portadores de diabetes mellitus. Os desfechos foram separados em 2 períodos, a fase hospitalar e a fase de follow-up, sendo encontrados 9 e 12 desfechos respectivamente em cada fase. Houve maior incidência de mortalidade nos indivíduos diabéticos independentemente do período analisado. Além disso, os outros desfechos apresentaram taxas de ocorrência iguais ou maiores para pacientes diabéticos em detrimento dos não diabéticos. Conclusão: Os desfechos seguem, em sua maioria, desfavoráveis para os pacientes portadores de diabetes mellitus, apesar de avanços ocorridos na intervenção aplicada.