Perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com febre chikungunya na Bahia, no período de 2014 a 2021

Abstract

A Febre Chikungunya é uma doença musculoesquelética incapacitante em humanos caracterizada pela presença de poliartralgia, mialgia, erupção cutânea e cefaleia. Outrossim, ela é causada pelo arbovírus Chikungunya (CHIKV), transmitido por espécies de mosquitos Aedes e é capaz de um ciclo epidêmico. Houve um número exorbitante de municípios do estado da Bahia com notificações de casos. Por isso, torna-se necessário estudar o perfil epidemiológico da doença no estado, a fim de que os órgãos responsáveis pela saúde pública realizem o seu combate. OBJETIVOS: Analisar o perfil epidemiológico dos casos ou das pessoas acometidas por Febre Chikungunya na Bahia, de 2014 a 2021. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo epidemiológico utilizando dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A população de estudo foi constituída pelas notificações de Febre Chikungunya, considerando como variáveis desse estudo: macrorregições de resisência, sexo, faixa etária, raça/cor e evolução. RESULTADOS: O coeficiente de incidência do estudo no período de análise apresentou o ano de 2016 com maior taxa de incidência (646,7 casos/100.000 hab.) e 2014 e 2018 com menores taxas (12,8 casos/100.000 hab e 30,7/100.000 hab, respectivamente.). O maior número de casos ocorreu na região sul da Bahia (23%). As notificações em sua maioria (63%) apresentavam na população do sexo feminino, em pessoas de pele parda (45,1%) na faixa dos 35 a 49 anos (26,6%) e dos 20-34 anos (24%). Na maioria dos pacientes (51%) não havia informações acerca da sua evolução. CONCLUSÃO: A Febre Chikungunya é um problema de saúde pública que acomete a população economicamente ativa, que buscam ascender financeiramente, o que diminui a procura por serviços de saúde, bem como indivíduos do sexo feminino que permanecem mais tempo em casa e em contato com o mosquito Aedes aegypti.