Análise da rugosidade superficial de resina escleral submetida a diferentes agentes de higiene

Abstract

As próteses bucomaxilofaciais têm a finalidade de reconstruir proteticamente partes da face que não puderam ser reabilitadas através de cirurgia plástica, devolvendo ao paciente estética e função. Porém, tais próteses sofrem desgastes ao longo do tempo de uso em decorrência principalmente da higienização, podendo assim alterar suas propriedades físicas. O objetivo desse trabalho é, analisar de que forma agentes de higiene como o hipoclorito de sódio a 0,2% e a clorexidina a 2% influenciam na rugosidade superficial da resina utilizada para a confecção de prótese ocular. Foram confeccionados 24 corpos de prova em resina acrílica termopolimerizável para prótese ocular, que após passarem pelos processos de acabamento e polimento, foram submetidas a primeira leitura da rugosidade superficial, e então divididos em 2 grupos: G1) hipoclorito de sódio a 0,2% e G2) clorexidina a 2%. As imersões nos agentes de limpeza foram realizadas durante o período de 10 minutos a cada 3 horas, durante 45 dias, totalizando 360 ciclos, compatível com um ano simulado de uso, com o intuito de mensurar e comparar as alterações no padrão de lisura das resinas após a exposição aos diferentes agentes de higiene. Após este período foi realizada uma segunda leitura da rugosidade superficial e os resultados encaminhados para análise estatística, onde ambas as soluções apresentaram redução da rugosidade, porém sem diferença estatisticamente significante com o valor inicial e entre elas. Assim, as duas substâncias podem ser utilizadas para higienização de próteses oculares.