Fatos de risco e estratégias de controle da Leishmaniose visceral no Brasil: uma revisão sistemática

Abstract

As medidas de controle da Leishmaniose Visceral (LV) praticadas pela vigilância em saúde têm como objetivo diminuir as taxas de letalidade e o grau de morbidade através do diagnóstico precoce e tratamento. As estratégias utilizadas são direcionadas aos humanos, ao meio ambiente, à população canina, e para reforçar os cuidados, é disponibilizado educação em saúde. Metodologias como essas citadas, já foram consideradas insuficientes para o controle dessa zoonose. O objetivo dessa revisão sistemática foi analisar as estratégias de controle que são aplicadas pela vigilância em saúde e sua eficácia, sugerindo novas estratégias direcionadas ao controle da doença. Para o levantamento bibliográfico foram consultadas as bases de dados: MEDLINE/PubMed, LILACS e SciELO. O PRISMA foi aplicado, e os artigos selecionados identificaram os principais fatores de risco da LV, e como isso pode influenciar na quantidade de indivíduos infectados, a influência de questões socioeconômicas na dispersão da doença, o mal-uso das terras pela população e a distribuição geográfica e espacial do vetor. Através da pesquisa foi possível notar que diversos fatores dificultam o controle da doença no Brasil e em países fronteiriços, e mesmo existindo medidas direcionadas a essa zoonose, elas ainda são ineficazes. Assim sendo, a Saúde Única, vem se mostrando como uma estratégia promissora no controle de diversas zoonoses, pois, engloba a saúde animal, ambiental e humana, incluindo questões sociais, propiciando ações colaborativas e investigativas entre diferentes áreas do saber que auxiliem a avaliação, o tratamento e a prevenção das doenças de transmissão interespécies.