Conduta de cirurgião-dentista perante violência infanto-juvenil: revisão de literatura

Abstract

Introdução: Sabe-se que o conceito de criança e de adolescente se modificou ao longo da história, hoje privilegiando um desenvolvimento saudável e seguro que deve ser garantido por toda a sociedade, incluindo profissionais de saúde, que devem prevenir e tratar casos de violência. Objetivo: conhecer a conduta do cirurgião-dentista diante de violência infanto-juvenil. Método: revisão de literatura na Biblioteca Virtual em Saúde, contemplando estudos publicados em português entre 2003 e 2022 com os descritores “dentista” e “violência infantil”. Foram encontrados 28 artigos, usados 8 destes e acionados outros 4 materiais de órgãos governamentais e não governamentais de saúde e outro artigo científico ausente do banco de dados supracitado. Resultados e discussão: os estudos selecionados versam sobre os tipos de violência, a física, a psicológica, a sexual e a negligência. Dispõem sobre as lesões orofaciais que podem ser identificadas pelo profissional como fraturas, hematomas, cicatrizes e queimaduras. Descrevem os aspectos legais que fazem recomendações de como conduzir casos de suspeita e confirmação de violência infanto-juvenil. Relatam as condutas de cirurgiões-dentistas frente à violência, salientando orientações para tal e dificultadores do processo de realizar denúncias e expõem sobre a formação deste profissional sobre o tema, o que é bastante regular e carece de melhorias. Considerações finais: O cirurgião-dentista é um profissional-chave na identificação de casos de violência infanto-juvenil, que precisa de formação profissional adequada para intervir nestes casos e proporcionar saúde, conforme preconiza o código de ética da profissão.