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Título: Níveis séricos de albumina como preditores de morbimortalidade em vítimas de queimaduras
Autor(es): Klein, Sibele de Oliveira Tozetto
Bandeira, Nilmar Galdino
Palavras-chave: Albumina sérica
Queimadura
Morbimortalidade
Data do documento: 8-Nov-2019
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: INTRODUÇÃO: as queimaduras representam um sério problema na saúde pública. Estimase que, anualmente, cerca de 200.000 pessoas morram vítimas de queimaduras no mundo e, no Brasil, ocorram aproximadamente 1.000.000 de acidentes. Desses acidentes, aproximadamente, 100.000 pacientes irão buscar atendimento hospitalar e cerca de 2.500 morrem direta ou indiretamente devido às suas lesões. A queimadura desencadeia importantes alterações metabólicas como perda de fluidos para o compartimento extracelular, induzindo ao choque, pelo aumento da permeabilidade vascular e redução dos níveis plasmáticos de albumina, através da exsudação da ferida. Nas últimas décadas, muitos esforços foram realizados para a determinação de novos preditores para avaliar a evolução insatisfatória e possibilidade de óbito de pacientes, devido à gravidade de suas lesões. Por não incluírem marcadores bioquímicos, como a albumina, as atuais análises podem não abranger alguns aspectos essenciais para a manutenção e melhoria da saúde da vítima, impossibilitando a identificação de complicações, podendo, também, interferir no planejamento terapêutico para melhoria dos cuidados e do tratamento das lesões. OBJETIVO: analisar a correlação entre os níveis séricos admissionais de albumina e as taxas de mortalidade e morbidade (insuficiência renal, infecção pulmonar e sepse) em pacientes vítimas de queimaduras. MÉTODOS: trata-se de um estudo de coorte prospectivo de vítimas de queimaduras admitidas no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Geral do Estado (CTQ-HGE), no período de abril a agosto de 2018. Os prontuários dos pacientes internados foram analisados individualmente para a coleta de dados clínicos e do registro laboratorial, como os valores de albumina sérica. O processamento e a análise dos dados foram realizados com o auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS para Windows versão 20.0; IBM, Armonk, NY, USA). RESULTADOS: o estudo foi realizado com 154 pacientes, sendo 61% do sexo masculino. A média da idade foi de 41,3 anos e 85,1% tinham SCQ < 20%. Escaldadura foi a causa mais comum, com 37% dos casos. O número de mortes foi de 13 pacientes. A maioria dos óbitos tinha escore ABSI maior ou igual a 8-9. Pacientes com albumina sérica < 2.2g/dL tiveram OR de 14,8 (IC95%:4,1;53,4) e a correlação desse ponto de corte com as morbidades infecção respiratória, insuficiência renal e sepse foram estatisticamente significantes com p<0,05 e OR de 11.8. As áreas sob a curva ROC foram de 0.89 para a albumina, 0.92 para o escore ABSI e 0.95 para albumina + escore ABSI. CONCLUSÕES: os níveis séricos de albumina < 2,2 g/dL tiveram uma correlação positiva para o aumento do risco do desenvolvimento das morbidades (insuficiência renal, infecção pulmonar e sepse), além do evento morte. Dessa forma, este estudo pode contribuir consideravelmente para o incremento da acurácia da escala preditora de mortalidade de Tobiasen, através da inclusão dos dados bioquímicos dessa proteína plasmática.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6140
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado



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