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Título: Radiofrequência não ablativa no tratamento dos sintomas da Síndrome genitourinária da menopausa: um estudo piloto
Autor(es): Garboggini, Patrícia Virgínia Silva Lordêlo
Araújo, Cintia Pinheiro Silveira
Palavras-chave: Vaginite Atrófica
Menopausa
Radiofrequência
Data do documento: 20-Set-2019
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: A Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGM) é um complexo de sintomas que envolve ressecamento vaginal, dispareunia, sensação de coceira, queimação e dor, além de sintomas em órgãos urinários. A radiofrequência (RF) não-ablativa é um tipo de corrente com ondas eletromagnéticas com efeito térmico que gera um processo inflamatório agudo com consequente neocolagênese e neoelastogênese. Objetivos: Descrever a resposta clínica, as mudanças citológicas e os efeitos adversos da aplicação da RF não ablativa em pacientes com a SGM. Secundariamente, avaliar a função sexual e urinária após o tratamento. Material e métodos: Trata-se de estudo piloto em 11 mulheres com diagnóstico de SGM com menopausa estabelecida, pH vaginal 5 e preventivo negativo para malignidade. Foram excluídas pacientes com início de reposição hormonal inferior a seis meses, que faziam uso de marcapasso ou tivessem metais na região pélvica, hemofílicas, em uso de vasodilatores e/ou anticoagulantes e aquelas com doenças crônicas degenerativas neurológicas ou diagnóstico de infecção vaginal vigente. Para o objetivo primário utilizou-se medidas subjetivas (Escala Visual Numérica – EVN dos sintomas, Índice de Saúde Vaginal – ISV) e objetivas (Índice de Maturação celular – IM e pH vaginal). A função sexual foi avaliada pelo Female Sexual Function Index (FSFI) e Quociente Sexual, e o International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ-SF) foi usado para mensurar o impacto na função urinária. Uma escala Likert foi utilizada para mensurar o grau de satisfação com o tratamento. Foram realizadas 5 sessões de RF não-ablativa monopolar com temperatura fixa em 41°C, e intervalo de uma semana entre cada aplicação. Toda a avaliação foi feita antes (T0), um mês (T1) e três meses (T2) após o tratamento. Os efeitos adversos foram avaliados semanalmente usando a EVN e a inspeção vaginal. Os resultados foram apresentados de forma descritiva. Resultados: A idade média das participantes foi de 59,6 (± 3,93). Houve redução dos sintomas após o tratamento na maioria das pacientes (T1 / T2, respectivamente): secura vaginal 90,9% / 81,8%, dispareunia 83,3% / 66,7, frouxidão vaginal 100% / 100%, prurido 100% / 100%, queimação 75% / 87,5%, dor 75% / 75% e no ISV 90,9% / 81,9%. A maioria das pacientes não apresentou alteração no IM (54,5%) e no pH (63,6%) em T1, mas houve melhora do IM na maior parte das pacientes (54,5%) em T2. Nove pacientes ficaram satisfeitas e duas muito satisfeitas no T1, enquanto nove pacientes estavam satisfeitas, uma muito satisfeita e uma muito insatisfeita no T2. O tratamento foi bem tolerado e não foram observados efeitos adversos. Houve melhora na função sexual pelo FSFI em 72,7% em T1 e T2 e melhora da função urinária em 66,7% em T1 e 83,3% em T2. Conclusão: A RF intravaginal reduziu os sinais e sintomas clínicos da SGM e as mulheres relataram satisfação com o tratamento. Não houve alteração na análise citológica e no pH em T1, no entanto, houve melhora na maior parte das pacientes em T2 no IM. Além disso, a técnica a não mostrou efeitos adversos e houve efeitos positivos na função sexual e urinária.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/6105
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