Técnicas de manejo comportamentais não farmacológicas na odontopediatria: revisão de literatura

Abstract

A vivência na prática clínica odontológica infantil tem seus desafios por representar uma rotina diversificada, devido às emoções trazidas pelas crianças, como medo e ansiedade. Esses sentimentos aliados ao comportamento infantil podem ser apresentados no ambiente odontológico e quando não bem manejadas pelo cirurgião dentista, podem ocasionar danos aos mecanismos psicofísicos do menor ou progressão desses estímulos, repercutindo um comprometimento da qualidade do atendimento proposto. Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho é descrever as técnicas de manejo comportamental não farmacológicas utilizadas na Odontopediatria e, como objetivos secundários, propõe-se identificar de que forma tais técnicas favorecem na condução para o tratamento Odontopediático e analisar como estas técnicas contribuem para o trabalho do odontopediatra de acordo com a literatura. Este trabalho constitui-se de uma revisão narrativa da literatura, e a coletas de dados foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde e nas bases de dados PubMED, SCOPUS e LILACS. utilizando-se os descritores “Child Behavior”, “Pediatric Dentistry”, “Dental Anxiety”, “Psychology, Child” indexados no DeCS/MeSH. Foram observados que as principais técnicas de manejo não farmacológicas foram a ‘’Dizer-Mostrarfazer’’, ‘’Reforço Positivo’’, ‘’Controle de Voz’’ e a ‘’Distração’’, como músicas e ilustrações. Dentro desse contexto, as técnicas comportamentais não farmacológicas não restritivas e restritivas tem o intuito de construir uma relação de confiança profissional-paciente-responsável, possibilitando um melhor entendimento do comportamento infantil, reformulando as emoções negativas em adaptativas e, por conseguinte, favorecendo um ambiente propício para se obter resultados efetivos.