COMPARAÇÃO E REPERCUSSÕES DA MENSURAÇÃO DA PRESSÃO INSPIRATÓRIA MÁXIMA EM DOIS TEMPOS DISTINTOS EM PACIENTES COM ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

Abstract

Objetivo: Comparar os valores da PI40 e PI60 e verificar a presença de diferenças significativas das repercussões hemodinâmicas (FC e PAM) e respiratórias (FR e SpO2) entre os tempos de oclusão de 40s e 60s. Métodos: Estudo transversal prospectivo. Foram selecionados vinte e cinco pacientes submetidos à mensuração da PImáx através de VU, por 40s e 60s. Foram colhidas a FR, SpO2, FC e PAM antes, imediatamente após e dois minutos após as mensurações. Resultados: Os valores da PI40 e PI60, foram respectivamente -58 ± 22,1 cmH20 e -67,4 ± 21,13 cmH2O (p < 0,0001). O Δ das medidas antes a imediatamente após mensurações foi de 8 ± 9,8 bpm na FC PI40 e 10,2 ± 6,6 bpm na FC PI60 (p = 0,034). O Δ da PAM na PI40 foi de 3,5 ± 8,8 mmHg e 20,8 ± 16 mmHg na PI60 (p = 0,022). O Δ da FR na PI40 foi de 6,5 ± 3,5 ipm e 9,1 ± 5,3 ipm na PI60 (p = 0,028). O Δ SpO2 na PI40 foi 6 ± 13,5 % e 8 ± 9 % na PI60 (p = 0,003). As variáveis fisiológicas encontradas antes e 2 minutos após mensuração da PI40 e PI60 não apresentaram diferença estatisticamente significante. Conclusão: A mensuração por 60s acarretou valores mais elevados da PImáx, todavia, constatou-se impacto clínico em algumas variáveis. A mensuração por 40s obteve valores elevados e satisfatórios para o desmame, além de não gerar impacto clínico ao paciente, sendo sugerida como método ideal para mensuração da PImáx.