O desafio do bruxismo no desempenho dos materiais empregados em prótese fixa

Abstract

Hábitos parafuncionais, como o bruxismo, podem ser caracterizados por movimentos involuntários, rítmicos, não funcionais ou espasmódicos, os quais apresentam envolvimento do sistema mastigatório. O bruxismo pode se manifestar através do apertar e/ou ranger dos dentes e sua etiologia é complexa e multifatorial, podendo estar relacionado a fatores emocionais, distúrbios neurológicos e interferências oclusais. Como exemplos de consequências dessa parafunção, o indivíduo pode apresentar dor intensa na cabeça, alterações na articulação temporomandibular, desgastes e fraturas dentárias, além de fraturas em restaurações e próteses, representando um grande desafio ao cirurgião-dentista reabilitador oral. Para a realização dessa reabilitação oral, funcional, estética e fonética, restaurações, coroas, pontes e implantes podem ser utilizados. Para tanto, e com o foco em próteses fixas, dentre as modalidades da prótese dentária, muitos são os materiais empregados a exemplo das ligas metálicas, metal associado a cerâmicas, cerâmicas puras e resinas laboratoriais, apresentando, com suas respectivas características e propriedades mecânicas frente à imposição de cargas . Este estudo tem como objetivo revisar a literatura, nas bases de dados Bireme, Scielo, PubMed e Google Científico, sobre as propriedades dos materiais restauradores utilizados em prótese fixa frente ao desafio mecânico de pacientes portadores de bruxismo, visando a longevidade dessas restaurações e analisando de forma criteriosa quais materiais poderiam apresentar melhor desempenho em pacientes portadores dessa condição.