Desempenho físico de pacientes portadores de insuficiência cardíaca com e sem alteração dos valores de pressão inspiratória máxima (PIMÁX)

Abstract

FUNDAMENTO: A atividade física do paciente com insuficiência cardíaca é limitada devido à fadiga e dispnéia, repercutindo em uma falta de condicionamento físico e alteração da força dos músculos respiratórios. OBJETIVO: Analisar se há relação entre o desempenho físico e os valores de Pimáx, de acordo com as classes funcionais. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo analítico de corte transversal , realizado em pacientes clínicos portadores de insuficiência cardíaca das classes funcionais (II e III), com disfunção ventricular , ambos os sexos, adultos com idade acima de 18 anos . Sendo avaliada a força muscular inspiratória (Pimáx), medidas antropométricas e o teste de caminhada se seis minutos (TC6’). RESULTADOS: O predomínio foi do gênero feminino (56,1%). A principal etiologia encontrada foi a Miocardiopatia Chagásica com 47,4% dos casos. As médias de idade e peso foram: 57,14 ± 12,73 e 66,63 ± 13,50 respectivamente. Dentre as comorbidades, a mais evidente foi Hipertensão Arterial Sistêmica com 54,4%. A mediana da Fração de Ejeção foi 67% (qt1 61,5; qt3 75,5). Houve significância na avaliação subjetiva do esforço percebido (Borg) entre as classes funcionais, sendo que a CF II apresentou menor esforço na Escala de Borg quando comparados à CF III. Na associação entre as CF, houve significância nos valores da FEVE e da distância percorrida em quilômetros (p < 0,000 e p < 0,057). A mediana da Pimáx foi menor nos pacientes da CF III (-60) quando comparados com a CF II (-90). CONCLUSÃO: O desempenho físico dos pacientes avaliados foi melhor na CF II, entretanto não houve diferenças significativas quanto ao menor valor da Pimáx e a menor distância percorrida, porém houve diferenças quando apresentava uma pior disfunção ventricular.