Constipação Intestinal em Escolares com Hiperatividade da Bexiga Isolada

Abstract

I. RESUMO Objetivo: Avaliar a frequência da constipação em crianças com Hiperatividade da Bexiga Isolada (HBI) e sem queixas miccionais. Materiais e Métodos: Estudo de corte transversal em crianças com idade entre 4 e 14 anos com ou sem HBI, para avaliação da constipação, utilizando o critério Roma III, Bristol Stool Chart e Escala Visual Analógica (Faces). HBI foi definida com sintoma de urgência ou urge-incontinência, ausência de resíduo pós-miccional, urofluxometria com curva senoidal, e o grupo controle, crianças sem queixas miccionais avaliadas pelo DVSS modificado. Resultado: A amostra foi constituída por 51 crianças com HBI e 74 do grupo controle com média de idade de 7,94 (±2,8) e 8,28 (±3,4), respectivamente (p=0,54). 54,9% eram meninas no grupo HBI e 45,9% meninas no grupo controle (p=0,32). Crianças com HBI apresentaram mais constipação do que as que não tinham sintomas miccionais (54,9% VS. 29,7%, p= 0,005; OR 2,87 IC 95%: 1,3 - 6,0), segundo o Critério Roma III. Foi observada estatística significante nos resultados referentes aos itens “uso de postura de retenção”, “presença de dor e esforço”, “massa fecal no reto” e “fezes grandes que entopem o vaso” pela avaliação isolada dos itens do Roma III. A avaliação da constipação pelo Bristol Stool Chart e da dor pela EVA (Faces) não apresentaram diferença estatística entre os grupos. Ao avaliar o grupo com HBI, a constipação foi mais frequente no sexo masculino (p=0,05), mas não houve significância quando comparado aos sintomas urinários. Conclusão: Crianças com HBI têm mais chance de apresentar constipação quando comparadas com crianças sem sintomas miccionais