Fatores Predisponentes Relacionados a um Pior Prognóstico em Recém-Nascidos Baixo Peso ao Nascimento

Abstract

Objetivos: Os recém-nascidos de baixo peso ao nascimento apresentam maior risco para um pior prognóstico diante de um insulto asfíxico. O objetivo deste estudo foi identificar a hipótese de que alguns fatores estejam associados a um aumento da morbi-mortalidade para estes recém-nascidos. Métodos: Realizado estudo seccional de caráter descritivo, analítico, retrospectivo envolvendo 72 prontuários de recém-nascidos da Maternidade de Referência Professor José Maria de Magalhães Netto, em Salvador-Bahia, durante o período de janeiro a junho de 2013. Os 72 recém-nascidos, objeto do estudo, foram divididos em dois grupos: um grupo que obituou (grupo óbito) e outro grupo de sobreviventes (grupo não óbito). As variáveis estudadas foram: idade materna, idade gestacional, rotura de membranas, pré-natal, uso de corticoide, tipo de parto, peso ao nascer, antibioticoterapia, oxigenioterapia, surfactante. Resultados: Dos 72 recém-nascidos de baixo peso nove (12,5%) evoluíram para óbito constituindo grupo de mau prognóstico, sendo 4 do sexo masculino e 5 do sexo feminino. Todos os recém-nascidos que evoluíram para óbito fizeram uso de ventilação mecânica. Manobras de reanimação em sete dos nove obituados. A idade gestacional foi menor que 31 semanas em oito dos nove falecidos. Todos recém-nascidos do grupo óbito usaram drogas vasoativas. Conclusão: fatores predisponentes para pior prognóstico observados neste estudo para RN de baixo peso foram: idade gestacional inferior a 32 semanas, manobra de reanimação em sala de parto e uso precoce de surfactante.