Uso racional de profilaxia para endocardite infecciosa na odontologia

Abstract

A endocardite infecciosa (EI) é uma doença grave que afeta a membrana interna do coração (endocárdio) ou as válvulas coronárias, sendo letal em algumas ocasiões. A relação entre a EI e a Odontologia foi estabelecida após a associação entre os streptococcus do grupo viridans e a indução de bacteremia após procedimentos odontológicos. Esse grupo de bactérias é isolado em cerca de 40% dos casos de EI. A principal forma de prevenção da EI é através da profilaxia antibiótica. Existem atualmente diversas diretrizes para a profilaxia antibiótica (PA) disponíveis, as diretrizes da Associação Americana do Coração (AHA) recomenda a PA desde 1955 e tem passado por uma série de mudanças ao longo dos anos. A diretriz inglesa fornecida pelo e Instituto Nacional para Saúde e Cuidados de Excelência (NICE) por outro lado cessou PA, enquanto a diretriz brasileira de valvopatias e a diretriz interamericana de valvopatias (SIAC) mantém a PA para pacientes de alto risco. O trabalho possui como objetivo realizar uma revisão de literatura acerca das diferentes diretrizes internacionais e a latino-americana com relação a PA para EI, a fim de compreender quais são os critérios estabelecidos para prescrição da profilaxia antibiótica e qual a medida mais segura a ser administrada ao paciente. As buscas foram baseadas nos sites, National Center for Biotechnology Information (NCBI) e PubMed Central (PMC). Há uma grande controvérsia na literatura com relação as diretrizes atuais acerca da indicação de PA para EI sendo necessário, o desenvolvimento de estudos sobre a eficácia da PA para EI.