Avaliação da qualidade de vida das mães de crianças com microcefalia

Abstract

Introdução: Bebês diagnosticados com microcefalia apresentam atrasos no desenvolvimento motor e um grau de atraso mental. Atualmente a discussão sobre o tema centraliza as atenções sobre a criança com microcefalia, abordando a fisiopatologia da doença e principais fatores de risco para desenvolvimento. Porém, a qualidade de vida dos pais dessas crianças ainda é pouco discutida e escassa na literatura. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos pais de crianças com microcefalia. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter observacional realizado com os pais de crianças com microcefalia assistidos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), na cidade de Feira de Santana – Bahia. Após atenderem aos critérios de inclusão foi aplicado um questionário de identificação ao pai ou a mãe das crianças portadoras de microcefalia. Logo após foi aplicado um questionário para avaliação da qualidade de vida (SF-36), questionário este simples, breve e auto administrável, no qual as participantes avaliam à sua saúde, a forma como se sentem e sua capacidade de desempenho nas atividades habituais. Resultados: Foram avaliadas 7 mães durante o tempo da pesquisa. A idade média de 26±6 anos. Em relação a qualidade de vida, a capacidade funcional teve valor médio de 80,7±20, limitação por aspectos físicos 35,7±45, dor 27,7±12,5, estado geral da saúde 46,2±13,6, vitalidade 46,4±21,3, aspectos sociais 43,1±16, limitação por aspectos emocionais 28,5±48,7 e saúde mental 61,1±19,8. Conclusão: Com base nos achados conclui-se que existe uma redução da qualidade de vida de pais com crianças portadoras de microcefalia.