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Título: Vírus Linfotrópico de Células T Humana tipo 1 (HTLV-1) e sua associação com Ceratoconjuntivite seca no Município de Salvador/ Bahia.
Autor(es): Castro Filho, Bernardo Galvão
Grassi, Maria Fernanda Rios
Almeida, Dayse Cury de
Nunes, Ceuci de Lima Xavier
Marback, Eduardo Ferrari
Magalhães, Fernanda Pedreira
Bastos, Claudilson José de Carvalho
Sena, Cristina de Castro Lima Vargens
Palavras-chave: HTLV
ceratoconjuntivite seca
carga proviral
testes diagnósticos
Data do documento: 2015
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: Introdução: O Vírus Linfotrópico para células T tipo 1 (HTLV-1) é endêmico em várias regiões do mundo, incluindo o Brasil. Esse vírus está relacionado a algumas doenças oftalmológicas, como a uveíte associada ao HTLV-1 (UAH) e a ceratoconjuntivite seca (CCS). Doença de caráter multifatorial, a CCS causa instabilidade do filme lacrimal, com potencial dano a superfície ocular. Essa tese abordará a relação entre ceratoconjuntivite seca (CCS) e sua associação com o (HTLV-1) e será apresentada na forma de artigos científicos. Objetivos: Essa tese tem por objetivo identificar a prevalência de CCS nos pacientes com HTLV-1, associar CCS com a carga proviral e avaliar o desempenho dos testes para diagnóstico de CCS realizados no centro de HTLV-1. Métodos: Em estudo de corte-transversal, foram avaliadas três amostras de pacientes com HTLV-1 em momentos diferentes. Todos os pacientes foram submetidos a um exame oftalmológico que incluiu a avaliação do filme lacrimal através do TBUT, teste de Schirmer 1 e coloração com Rosa Bengala. Foi realizada medida da carga proviral (CPV) através de PCR e avaliada sintomatologia de CCS através do questionário OSDI. Resultados: As prevalências de CCS nas três amostras estudadas variaram de 36,4 a 52,1%. A média da CPV nos pacientes com CCS apresentou significância estatística (p = 0,001) em relação à média dos pacientes sem CCS e foi demonstrado que pacientes com CPV maior que 100.000 cópias/106 PBMC têm um risco significativamente maior de desenvolver CCS. OSDI e TBUT realizados juntos mostraram uma sensibilidade de 99,5% e o teste de Schirmer 1 uma especificidade de 100%. Conclusões: Ao final desse estudo, foi encontrada uma elevada prevalência de CCS em pacientes portadores de HTLV-1, além de uma associação positiva com a presença de Paraparesia Espástica Tropical – Mielopatia Associada ao HTLV (HAM-TSP). Além disso, a carga proviral do HTLV-1 foi maior em pacientes com CCS, podendo representar um marcador biológico dessa doença. Foi possível concluir também que, para o diagnóstico acurado de CCS, é necessário o emprego de mais de um teste positivo e há necessidade de acrescentar um questionário de sintomatologia à rotina dos pacientes.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/265
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