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Título: Relação entre estresse e disfunção do trato urinário inferior em crianças e adolescentes
Autor(es): Barroso Júnior, Ubirajara de Oliveira
Fonseca, Maria Luiza Veiga da
Aguiar, Carolina Villa Nova
Powell, Vania Maria Bitencourt
Sousa, Ariane Sampaio
Teixeira, Maria Angélia
Braga, Ana Aparecida Nascimento Martinelli
Palavras-chave: Distúrbio miccional. Estresse. Criança. Adolescente.
Data do documento: 13-Jun-2018
Editor: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Resumo: A disfunção do trato urinário inferior (DTUI), tem origem não neurogênica, é um problema clínico comum, apresentado por um número significativo de pacientes que procuram o urologista pediátrico. Questões emocionais e comportamentais são cada vez mais presentes no público infanto juvenil, sendo o estresse um indicador de dificuldades no seu funcionamento pessoal e social. Objetivo: Testar a hipótese de que crianças e adolescentes com diferentes sintomas de distúrbios miccionais tem diferentes graus de estresse. Pessoas e Métodos: Estudo prospectivo, transversal e analítico, realizado com crianças e adolescentes, com DTUI. Foram incluídos pacientes com idade entre 6 e 14 anos, excluídos aqueles com alterações anatômicas ou neurogênicas do trato urinário. A coleta de dados foi realizada a partir da aplicação do Dysfunctional Voiding Scoring System – DVSS, da Anamnese Psicológica (AP), e da Escala de Stress Infantil – ESI. Além do escore geral de estresse, este foi analisado em relação às principais informações da Anamnese, bem como as respostas do DVSS foram estratificadas de acordo com as sete perguntas específicas sobre questões urinárias, e comparadas com as respostas da ESI, estratificadas de acordo com os quatro domínios. Todas as análises estatísticas foram feitas no software SPSS versão 14.0 de forma uni e multivariada, utilizando o Qui Quadrado, a Correlação de Pearson e a Regressão Linear para testar correlações e o nível de significância considerado foi de p<0,05. Resultados: Foram coletadas informações de 98 crianças e adolescentes, sendo 55 (56%) do gênero masculino, com idade média de 9 ± 2.25. No que se refere ao escore geral da ESI, 20 pacientes (20.4%) apresentaram estresse, 95% I.C.(13%-30%). Na análise da relação desse escore geral de estresse com os dados sócio demográficos e clínicos, foi apresentado que 90% dos pacientes com estresse não foram planejados (p<0,05), e incômodo com os problemas urinários em 67% dos pacientes que apresentaram estresse. Todos os domínios da ESI apresentaram correlações significativas com o distúrbio miccional, sendo que sentir dor ao urinar foi o sintoma que se destacou, pois esteve associado com Reações Físicas do Estresse - RFE (p<0,01; r=0,348), com Reações Psicológicas do Estresse - RPE (p<0,05; r=0,251), com Reações Psicológicas com Componentes Depressivos do Estresse - RPDE (p<0,01; r=0,319) e também com Reações Psicofisiológicas do Estresse - RPFE (p<0,01; r=0,263). Após análise multivariada, observou-se na regressão linear que a única variável independente foi a disúria. Na avaliação se havia relação entre a periodicidade de cada sintoma individualmente e um maior escore de estresse, foi observado que quanto mais frequente a disúria, maiores as RFE (p<0,01), RPE (p<0,05), RPDE (p<0,01) e também a RPFE (p<0,05). Conclusão: Crianças com DTUI mais intensa apresentam maior grau de estresse. As análises apontaram mais particularmente a disúria como um sintoma que está relacionado ao estresse, seja no âmbito físico, psicológico, com ou sem componente depressivo, e psicofisiológico.
URI: http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/2594
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