Percepção da política nacional de humanização pelos profissionais da estratégia saúde da família em salvador

Abstract

O cotidiano da assistência à saúde tem sido permeado por problemas de grande magnitude e, entre eles, encontra-se a falta de assistência humanizada. Essa realidade tem sido veiculada através da mídia, dada à insatisfação frente a esse cenário. Com o objetivo de reorganizar o modo de fazer saúde e, aliada à Estratégia Saúde da Família, nasce a PNH. Esta pesquisa consistiu num estudo cujo objetivo foi avaliar a percepção dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família sobre a implantação da Política Nacional de Humanização na Estratégia Saúde da Família do município de Salvador. Para tanto, optou-se pela coleta de dados, utilizando como métodos de abordagem as entrevistas gravadas (utilizando-se um roteiro semiestruturado) e observações registradas no diário de campo. Para avaliação dos dados, utilizou-se a técnica de análise temática. Os resultados encontrados demonstraram que os profissionais carecem de capacitação quanto ao tema. Além disso, na prática, as ações são pontuais, permeadas de filantropia, carentes de vínculo e coparticipação dos usuários em seu processo de saúde. De igual modo, os profissionais não são cogestores de seu processo de trabalho. De modo geral, há falta de credibilidade na Política Nacional de Humanização por parte dos usuários e dos trabalhadores dos serviços de saúde. É grande a carência de material que aborde a PNH na AB. A maioria das publicações existentes estão direcionadas para a PNH, em nível hospitalar, considerando a fragilidade do usuário em questão. O que não se pode esquecer é de que, seja em nível de AB ou hospitalar, o cliente deseja ter a sua necessidade de saúde assistida, com qualidade, humanização, acolhimento e escuta adequada.