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Título: Efeito da hidroxiureia no doppler transcraniano em crianças e adolescentes com anemia falciforme
Autor(es): PAIVA, Raquel Rebouças
Palavras-chave: Hidroxiureia
Anemia Falciforme
Acidente Vascular Cerebral
Ultrassonografia Doppler Transcraniana
Data do documento: 2021
Resumo: INTRODUÇÃO: A anemia falciforme é uma doença autossômica recessiva, predominante na população negra e de alta incidência na Bahia. O Acidente Vascular Cerebral é uma complicação frequente nessa população e apresenta alta morbimortalidade e um alto custo para a saúde pública. A Ultrassonografia Doppler Transcraniana (DTC) é uma forma de triar o risco dessa complicação e possibilita a intervenção precoce. A hidroxiureia é uma droga já utilizada nessa população, mas o uso desta na prevenção do AVE ainda está em teste. OBJETIVO: descrever o efeito do tratamento com a Hidroxiureia (HU) nas velocidades sanguínea das artérias cerebrais médias medidas através do Doppler Transcraniano, em crianças e adolescentes com DF, sem história de Acidente Vascular Encefálico (AVE). METODOLOGIA: foram analisados crianças e adolescente entre 2 e 16 anos, com a DF confirmado por eletroforese, triadas com o doppler transcraniano por profissional capacitado, em Salvador e outras cidades da Bahia. O estudo é longitudinal, retrospectivo, analítico com grupo de comparação intragrupo e entre diferentes grupos. Nenhum paciente do estudo usava a HU no primeiro DTC, os grupos foram definidos de acordo com o uso no segundo exame (grupo HU sim e grupo HU não). Foram excluídos pacientes em uso de transfusões sanguíneas, que sem 2 exames documentados no banco e com história prévia de AVE. As informações foram analisadas utilizando testes estatísticos: teste T student, qui quadrado, teste T pareado, testes de normalidade: Kolmogorov-Smirnov e o Shapiro Wilk, médias e desvio padrão. RESULTADOS: Os grupos foram semelhantes nos quesitos avaliados (média de idade, velocidade inicial nas artérias cerebrais, genótipos, sexo, cidade de origem), diferentes apenas em média do tempo entre as ultrassonografias com doppler. O estudo encontrou que as velocidade média iniciais e finais foram semelhantes em pacientes em uso da HU, com média da velocidade inicial da artéria cerebral média direita (ACMD) de 126,83 ± 22,32, e final 126,73 ± 28,41 (p = 0,983) e na artéria cerebral média esquerda (ACME) inicial de 126,23 ± 22,94 e final de 130,17± 30,76 (p = 0,340). No grupo HU não, a velocidade inicial foi menor que a velocidade final. Os pacientes foram categorizados de acordo com a faixa de velocidade em baixa (≤70cm/s), normal (entre 70 e 170), condicional (entre 170 e 199) e alto (≥200). Observou-se nos pacientes condicionais uma maior tendência de manter a categoria ou evoluir para uma categoria de velocidade menor nos grupos em uso da HU e uma tendência de piora no grupo HU não. Na análise dos genótipos, houve uma maior velocidade média no genótipo SS em ambos os grupos. CONCLUSÃO: Crianças e adolescentes com DF, não tratados com HU tendem a evoluir com aumento da velocidade do Doppler Transcraniano ao longo do tempo, o que significa maior dano vascular e maior risco para AVE. Foi observado uma tendência de diminuição da velocidade nas artérias cerebrais média em pacientes categorizados em velocidade condicional. O genótipo HbSS, associado a maior gravidade, teve maior média de velocidade apresentando mais risco de um AVE.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8441
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