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Título: Função sistólica do ventrículo esquerdo ao ecocardiograma não incrementa o valor prognóstico do escore grace em síndromes coronarianas agudas
Autor(es): RODRIGUES, Isabela Silva
Palavras-chave: Síndrome coronariana aguda
Função sistólica
Ecocardiograma
Data do documento: 2021
Resumo: Fundamento: O Escore GRACE é o modelo prognóstico melhor validado para síndromes coronarianas agudas, contendo apenas classificação de Killip como medida de insuficiência cardíaca. Função sistólica do ventrículo esquerdo medida pelo ecocardiograma detecta com mais acurácia disfunção do que medidas clínicas, representando um racional para o valor prognóstico incremental desta medida ao GRACE. Objetivo: Testar a hipótese de que a função sistólica do ventrículo esquerdo avaliada pelo ecocardiograma incrementa o valor prognóstico do Escore GRACE em pacientes com síndromes coronarianas agudas. Métodos: Incluiu-se pacientes admitidos na Unidade Coronariana por dor torácica e critérios objetivos de síndrome coronariana aguda (SCA), entre 2007 e 2018. Escore GRACE foi calculado com base em dados da admissão. Função ventricular foi avaliada por ecocardiograma realizado nos primeiros dias de internamento, tendo como variável preditora primária a presença de disfunção sistólica significativa, definida como déficit de contratilidade global moderado a acentuado (fração de ejeção < 40%). O desfecho primário foi óbito cardiovascular, no período de fase hospitalar e seguimento tardio. Resultados: Avaliou-se 1056 pacientes, idade 65  14 anos, 59% do sexo masculino, GRACE 122  37, 23% com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnível do ST. Em seguimento mediano de 531 dias (IIQ 264 – 915), a mortalidade cardiovascular foi 6,1%. Disfunção sistólica do ventrículo esquerdo significativa estava presente em 14% dos pacientes, cuja mortalidade foi de 17%, comparada a 4,2% no grupo sem disfunção importante (HR = 4,3; IC95% 2,6 – 7,1). Disfunção ventricular permaneceu preditor independente do GRACE na regressão de Cox (HR = 2,1; IC95% 1,1 – 3,8). Entretanto, a capacidade discriminatória do escore GRACE para predição de morte (estatística-C = 0,79; 95%IC = 0,73 – 0,85) não apresentou incremento após “disfunção ventricular” ter sido incorporada ao modelo logístico (estatística-C = 0,80; 95%IC = 0,70 – 0,86). A calibração do modelo GRACE pelo teste de Hosmer-Lemeshow apresentou P = 0,86, sem melhora após adição da “disfunção ventricular” (P = 0,23). Conclusão: Disfunção sistólica do ventrículo esquerdo ao ecocardiograma é preditor independente de óbito, porém não incrementa o valor prognóstico do Escore GRACE.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/8256
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