Nível de atividade física por estudantes de medicina de uma escola médica de Salvador – Bahia. 2020

Abstract

Introdução: A prática de atividade física é entendida, hoje, como essencial na busca de um bem-estar biológico e psicológico. Além de prevenir inúmeras doenças crônicas, favorece a saúde psicoemocional, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos. Apesar do incremento da atividade física com o aumento da escolaridade, ainda se encontra alta prevalência de inatividade física em universitários,consequência de uma multiplicidade de fatores, dentre estes a exaustiva carga horária em atividades acadêmicas e extracurriculares, deixando de priorizar a atividade física, um componente imprescindível para a prevenção e manutenção da sua saúde. Objetivos: Analisar a prática de atividade física por estudantes do curso de graduação de medicina de uma escola médica em Salvador-Bahia em 2020. Métodos: Foi realizado uma pesquisa de caráter transversal, com uma amostra representativa dos alunos que frequentavam o curso naquele ano. Para obtenção dos dados foi aplicação de um questionário sociodemográfico em conjunto com o IPAQ-Curto. Foi estimada a prevalência, razão de prevalência e Intervalo de Confiança a 95%. Foi considerado significância estatisticamente significante valor de p <0,05. Resultados: Participaram da pesquisa 337 alunos de todos os semestres do curso. A maioria dos alunos eram do sexo feminino (65,0%), com idade entre 21 e 23 anos (49,3%), brancos (59,3%), renda familiar entre R$5.000,00 e 10.000,00 (30,3%) e do ciclo básico (39,8%). Segundo o IPAC-Curto, 43,0% eram muito ativos, 24,4% e ativos e apenas 7,1% sedentários. As maiores prevalências de atividade física (somatório de muito ativos mais ativos), foi encontrada no sexo masculino (70,3%), nos >21 anos (69,5%), brancos (69,5%), renda familiar < R$10.00,00 (70,0%) e do ciclo clinico/internato (70,0%). Sem diferenças estatisticamente significantes. Conclusão: O alunado dessa escola médica na Bahia é composto, em sua maioria, por indivíduos ativos e muito ativos fisicamente. No entanto uma parcela se apresenta como sedentária, o que torna necessário esforços das Instituições de ensino no sentido de promover atividades que estimulem a prática de atividades física, como forma de fortalecer o bem físico emocional e social do alunado.