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Título: Estudo da incidência de dengue em relação às classes sociais na Bahia
Autor(es): MONTEIRO, Gabriel Melo Carqueija
Palavras-chave: Dengue
Epidemiologia
Incidência
Saneamento básico
Fatores socioeconômicos
Data do documento: 2023
Resumo: Introdução: A dengue, conhecida como uma arbovirose endêmica no Brasil, não se restringe a barreiras geográficas ou sociais, sendo uma doença de preocupação nacional. Porém, levanta-se um questionamento sobre como a desigualdade socioeconômica, evidenciada pela falta de saneamento, de habitações regulares e de educação, poderia ampliar a disseminação e persistência desta enfermidade. O cenário na Bahia é marcado por desafios socioeconômicos e se destaca pela maior taxa de incidência de dengue no Nordeste. Assim, com o conjunto desses fatos, formula-se a necessidade de verificar se a classe social mais baixa da Bahia sofre uma maior incidência de dengue. Objetivos: Comparar e detalhar a incidência da dengue na Bahia, focando nas diferentes classes sociais, a partir da utilização de indicadores socioeconômicos como parâmetro. Metodologia: Realizou-se um estudo epidemiológico observacional de corte transversal e ecológico no estado da Bahia entre 2014 e 2020, utilizando dados secundários advindos do SINAN, IBGE e IAS. Focou-se na associação entre a incidência de dengue e indicadores socioeconômicos, como cobertura de esgoto e abastecimento de água. A população-alvo foi selecionada a partir de cidades com mais de 50 mil habitantes e registros de dengue, sendo essas cidades divididas em macrorregiões baseadas em biomas. A partir disso, calculou-se a incidência de dengue em cada um dos biomas e condição de saneamento básico das cidades. Resultados: Estudou-se a incidência de dengue em 43 municípios baianos, representando 53,3% da população total do estado. Os municípios foram categorizados de acordo com os biomas em que estão situados: Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado. Notou-se que, apesar da Mata Atlântica apresentar maior índice pluviométrico, a incidência de dengue foi significativamente menor em comparação aos demais biomas. Foi observado também que populações com acesso ao melhor saneamento básico apresentaram taxas mais elevadas de incidência da doença. Conclusão: Concluiu-se que a dengue é uma doença multifatorial endêmica, e, devido à limitação de dados neste estudo, não foi possível atribuir a classe social como causa de variação da incidência da doença. Este estudo contribuiu na compreensão da dinâmica da dengue na Bahia e destacou a importância de futuras pesquisas considerarem um conjunto maior de variáveis para análise mais abrangente e eficaz da doença, podendo, assim, serem utilizadas para a formulação de medidas mais decisivas no combate a dengue no futuro.
URI: https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/7748
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